Sexo sem rótulo: o que você ainda não entendeu sobre swing

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Casados há 26 anos e com mais de 20 anos de experiência no universo do swing, eles organizam festas, palestras e lançaram o livro “Casamento com Pimenta”, onde compartilham vivências que ajudam a derrubar preconceitos e desmistificar o estilo de vida liberal.

“Somos pessoas comuns, como você e seu parceiro ou parceira. A diferença é que escolhemos viver nossos desejos com coragem e transparência”, explicam.

Swing é traição disfarçada?

MITO. Muitas vezes o swing é confundido com infidelidade, mas a base dessa prática é o acordo entre o casal. “Não há mentiras nem traição quando tudo é conversado e aceito. O que prevalece é o respeito mútuo”, afirma Fernando. Para eles, explorar fantasias juntos fortaleceu a confiança e a cumplicidade.

A curiosidade pode ser um ponto de partida?

VERDADE. Não é preciso ser liberal para se interessar pelo swing. “Sugerimos conhecer esse universo com respeito e sem pressa. Estar em um ambiente livre de julgamentos pode reacender a conexão do casal”, observa Fátima.

Só pessoas promíscuas praticam swing?

MITO. A prática exige comunicação clara, respeito e maturidade emocional. “Somos seletivos e respeitamos nossos limites e os do outro. Não se trata de promiscuidade, mas de ampliar as possibilidades do prazer de forma consciente”, ressalta Fátima.

Relacionamento liberal destrói o amor?

MITO. Para o casal, o diálogo aberto e a liberdade fortaleceram a relação. “A confiança aumentou a cada conversa sincera e descoberta conjunta”, relatam. Eles pontuam que o amor é fundamental: “Sem amor, nenhuma fantasia sustenta uma relação.”

É possível viver esse estilo sem perder limites?

VERDADE. O segredo é avançar com diálogo e respeito. “Respeitamos o tempo e os limites de cada um, e isso fez toda a diferença na nossa história”, conta Fernando.

A trajetória do casal começou com uma conversa franca sobre fantasias. “Ele foi quem primeiro revelou uma fantasia que guardava no subconsciente”, lembra Fátima. A partir daí, exploraram juntos novas possibilidades, fortalecendo não só a vida sexual, mas toda a parceria: “Ficamos cada vez mais cúmplices, amigos, parceiros e amantes, descobrindo até onde nossa curiosidade e desejo de inovar podiam nos levar.”

Segundo eles, o swing foi uma porta para uma relação mais honesta, transparente e livre de imposições sociais. “Swing não salva casamento, assim como filho também não. O que mantém uma união é o amor”, enfatizam.

O casal reforça que o estilo liberal não é uma receita de sucesso, mas pode ser transformador para quem deseja superar tabus com diálogo e respeito. “Seja como for, o importante é ser feliz”, concluem.

Fernando e Fátima, conhecidos como Casal Pimenta, são referência no meio liberal carioca. Fátima, com formação católica e ex-professora de catequese, e Fernando, juntos há 26 anos, descobriram novas dimensões da sexualidade ao ingressar no universo do swing há mais de duas décadas. Desde 2010, promovem festas renomadas que atraem um público diverso.