A União Europeia e seis de seus estados membros ratificaram, na quarta-feira, o tratado de proteção das águas internacionais, poucos dias antes da conferência da ONU sobre os oceanos, que priorizou a entrada em vigor do tratado.
A UE, junto com Chipre, Finlândia, Hungria, Letônia, Portugal e Eslovênia depositaram na ONU seus instrumentos de ratificação do texto, adotado em junho de 2023 após anos de negociações, informou a missão europeia junto à ONU, em um comunicado.
França e Espanha já haviam ratificado o texto no início deste ano.
- Agência da ONU dos Oceanos rejeita a ideia dos EUA de minerar em águas internacionais
- ONU prevê aquecimento global sem precedentes nos próximos cinco anos, superando 1,5ºC
Trata-se de um “passo histórico para a proteção dos oceanos do mundo e a preservação do delicado equilíbrio dos ecossistemas do planeta”, comentou o comissário europeu de Pesca e Oceanos, Costas Kadis, que fez um apelo a todos os países para que sigam o exemplo.
Com essas adesões, já são 29 os estados que ratificaram o novo tratado, mas ainda está distante dos 60 necessários para que ele entre em vigor.
Dia Mundial dos Oceanos: grupos se dedicam a divulgar os impactos do lixo na biodiversidade marinha

O Projeto Verde Mar tem mergulhadores para coleta de resíduos no mar, a serem catalogados e usados como dado em estudos científicos — Foto: Projeto Verde Mar / Divulgação


Na Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, tartaruga foi encontrada presa a plástico durante trabalho do Instituto Mar Urbano — Foto: Instituto Mar Urbano / Ricardo Gomes / Divulgação
Publicidade


O Projeto Verde Mar tem mergulhadores para coleta de resíduos no mar, a serem catalogados e usados como dado em estudos científicos — Foto: Projeto Verde Mar / Divulgação

Voluntária da ong global Sea Shepherd coleta petrecho de pesca na água — Foto: Sea Shepherd / Divulgação
Publicidade

Voluntários do Projeto Verde Mar participam do mutirão de limpeza na Praia Vermelha, no Rio — Foto: Projeto Verde Mar / Divulgação

Voluntários do Projeto Verde Mar reúnem os resíduos coletados durante mutirão na Praia Vermelha, na Urca — Foto: Projeto Verde Mar / Divulgação
Publicidade

O Projeto Verde Mar tem mergulhadores para coleta de resíduos no mar, a serem catalogados e usados como dado em estudos científicos — Foto: Projeto Verde Mar / Divulgação

O Projeto Verde Mar tem mergulhadores para coleta de resíduos no mar, a serem catalogados e usados como dado em estudos científicos — Foto: Projeto Verde Mar / Divulgação
Publicidade

Lixo encontrado na Praia Vermelha, na urca, durante mutirão de limpeza do Projeto Verde Mar deste ano — Foto: Projeto Verde Mar / Divulgação

Pesquisadora da UniRio, em parceira com o Instituto Mar Urbano, mostra o ofiuróide (laranja) preso a coral. A espécie invasora pode ter sido trazida por ação humana, por meio de embarcações. — Foto: Instituto Mar Urbano / Ricardo Gomes / Divulgação
Publicidade

Voluntária da ong global Sea Shepherd encontra rede fantasma. O utensílio de pesca abandonado é um risco para os animais marinhos, que morrem ao ficarem presos. — Foto: Sea Shepherd / Divulgação

Voluntária da ong global Sea Shepherd coleta lixo do fundo do mar durante ação de limpeza — Foto: Sea Shepherd / Divulgação
Publicidade

Ong de atuação global, a Sea Shepherd faz ações em defesa da preservação dos oceanos em todo o mundo, que vão desde limpeza até enfrentamento direto a navios de pesca ilegais. — Foto: Sea Shepherd / Divulgação
A coalizão de ONGs High Seas Alliance considerou o tratado um “grande passo à frente”, embora “precisemos aumentar a pressão política para alcançar as 60 ratificações”, afirmou sua diretora, Rebecca Hubbard.
Embora a França e as ONGs ambientais esperassem que o tratado fosse formalizado na conferência da ONU sobre os oceanos, que acontecerá em Nice entre os dias 9 e 13 de junho, isso não será possível.
O tratado só pode entrar em vigor 120 dias após a sexagésima ratificação. Apesar disso, a prioridade absoluta da França, que é a anfitriã da conferência, “é obter as 60 ratificações necessárias para que o tratado entre em vigor”.
– Se não for em Nice, ao menos em um futuro bem próximo – comentou o embaixador francês junto à ONU, Jérôme Bonnafont.
– Temos pressionado em todo o mundo para aumentar a compreensão e sensibilização nos países, inclusive aqueles sem acesso ao mar – acrescentou.
Está prevista para o dia 9 de junho uma cerimônia especial da Oficina do Tratado da ONU em Nice. O tratado histórico visa proteger os ecossistemas marinhos, vitais para a humanidade e ameaçados por várias formas de poluição, em águas internacionais que cobrem quase metade do planeta.
Para isso, prevê a criação de zonas marinhas protegidas, onde certas atividades poderão ser restringidas.
Embora o texto não forneça uma lista específica, espera-se que a pesca ou a mineração, que também dependem de outras organizações internacionais, sejam incluídas.