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segunda-feira, julho 7, 2025

ONU pede que países assinem tratado para proteção dos oceanos

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu nesta segunda-feira (9) que líderes mundiais assinem um tratado que permita a proteção de áreas marinhas em águas internacionais, alegando que a ação antrópica (humana) está destruindo os ecossistemas oceânicos.

As declarações foram dadas durante a abertura da terceira Conferência da ONU sobre os Oceanos, em Nice, na França. Guterres advertiu que a pesca ilegal, a poluição por plásticos e o aumento das temperaturas do mar ameaçam ecossistemas delicados e as populações que deles dependem.

O oceano é o recurso compartilhado por excelência. Mas estamos falhando com ele,” disse Guterres, citando o colapso dos estoques pesqueiros, o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos.

Os oceanos também desempenham um papel vital na mitigação das mudanças climáticas, absorvendo cerca de 30% das emissões de gás carbônico (CO₂) causadoras do aquecimento global. No entanto, à medida que os oceanos se aquecem, as águas mais quentes destroem os ecossistemas marinhos e comprometem a capacidade dos oceanos de absorver CO₂.

“Esses são sintomas de um sistema em crise – e que se retroalimentam. Desestruturando cadeias alimentares e meios de subsistência. Aprofundando a insegurança.”

O Tratado de Alto-Mar, adotado em 2023, permitiria aos países estabelecer parques marinhos em águas internacionais, que cobrem quase dois terços do oceano e são amplamente não regulamentadas. Até agora, apenas cerca de 1% das águas internacionais, conhecidas como “alto-mar”, foram protegidas.

O esforço para transformar anos de promessas em proteção concreta para os oceanos ocorre enquanto o presidente dos Estados Unidos Donald Trump retira o seu país (e seus recursos) de projetos climáticos.

Os EUA ainda não ratificaram o tratado e não o farão durante a conferência, disse Rebecca Hubbard, diretora da Aliança do Alto-Mar. O presidente francês Emmanuel Macron, co-anfitrião da conferência, informou aos delegados que 50 países já ratificaram o tratado e outros 15 prometeram fazê-lo. O tratado só entrará em vigor quando 60 países o ratificarem. O governo francês espera que isso aconteça até o fim deste ano.

[Fonte Original]

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