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terça-feira, julho 1, 2025

Bolsas de NY caem com conflito no Oriente Médio e falas de Trump

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Após um dia de alívio nas principais bolsas de Nova York, a sensação de piora do risco geopolítico no Oriente Médio levou Wall Street a enfrentar um novo dia de perdas nas bolsas nesta terça-feira (17). O quinto dia consecutivo de ofensivas bélicas entre Israel e Irã, somado a um tom mais duro na retórica de Donald Trump sobre o conflito, levou os agentes financeiros a exigirem prêmios maiores nas ações e no câmbio, o que levou a uma alta do dólar no exterior, enquanto a busca por segurança favoreceu uma queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) de longo prazo, mesmo com um novo salto dos preços do petróleo.

O movimento de queda era contido nas principais bolsas de Nova York durante a manhã, mas ganhou tração à medida que Trump endureceu as ameaças contra o líder supremo do Irã, Ali Khamenei. O índice Dow Jones teve queda de 0,70%, aos 42.215,80 pontos, o S&P 500 caiu 0,84%, aos 5.982,71 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,91%, aos 19.521,09 pontos.

Trump afirmou saber onde Khamenei está escondido desde o início da ofensiva israelita contra o Irã. O republicano também disse que ele seria um “alvo fácil”, mas que o governo americano não pretende matá-lo, “pelo menos por enquanto”.

Os contratos futuros de petróleo também reagiram às falas de Trump. O petróleo Brent com vencimento em agosto fechou com alta de 4,40%, a US$ 76,45 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O WTI com vencimento para julho ganhou 4,28%, a US$ 74,84 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

A alta do petróleo ajudou o movimento de fortalecimento do dólar no exterior. O índice DXY, que mede o desempenho da divisa americana frente à seis moedas fortes, subia 0,81%, aos 98,793 pontos, próximo às 17h30 (horário de Brasília).

Mesmo com a valorização do dólar, os economistas do ING notam que embora um prêmio de risco sobre o petróleo seja justificado por enquanto, os investidores parecem dispostos a reduzi-lo gradualmente, a menos que vejam evidências de interrupções graves no fornecimento, o que poderia impactar o preço da divisa americana novamente.

A busca por ativos seguros deram suporte à queda no rendimento dos Treasuries. A taxa da T-note de 10 anos caiu para 4,394%, de 4,456% no fechamento anterior, enquanto os juros da T-note de 2 anos foram para 3,956%, de 3,983%.

Para Ian Lyngen and Vail Hartman da BMO Capital, os próximos dias serão especialmente tensos no cenário geopolítico, considerando aparente intenção de Israel de pressionar ainda mais e a exigência de Trump por “rendição incondicional”. “À medida que os juros continuam a seguir as manchetes sobre o Oriente Médio, o próximo ponto de negociação será com os dados de pedidos de seguro-desemprego de quarta-feira”, disseram.

Em meio ao conflito, os dados de atividade abaixo do esperado nos EUA ficaram em segundo plano. As vendas no varejo e serviços de alimentação dos Estados Unidos caíram 0,9% em maio, abaixo do consenso de queda de 0,6%. Já a produção

Trader David O’Day na Nyse Wall Street bolsa mercado ações crise — Foto: AP Photo/Richard Drew

[Fonte Original]

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