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terça-feira, julho 1, 2025

Chilenos vão às urnas neste domingo em primária presidencial da esquerda

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Os chilenos vão às urnas neste domingo para votar nas primárias presidenciais da esquerda, em uma disputa que ganhou novos contornos após o avanço tardio da candidata comunista Jeannette Jara nas pesquisas. Os eleitores escolherão qual dos quatro pré-candidatos da esquerda seguirá para o primeiro turno da eleição presidencial em novembro, onde enfrentará nomes da direita e do centro, que atualmente lideram com folga as intenções de voto. Nenhum outro campo político está realizando primárias.

A ex-ministra do Interior Carolina Tohá era, até recentemente, vista como a favorita da esquerda. No entanto, Jara, do Partido Comunista, ganhou força nas últimas semanas, com algumas pesquisas, divulgadas antes do período de proibição de levantamentos, indicando que ela poderia estar à frente. Os outros dois candidatos são Gonzalo Winter, deputado do mesmo partido do presidente Gabriel Boric, e Jaime Mulet, também parlamentar.

Quem vencer enfrentará um grande desafio na corrida ao Palácio de La Moneda. O governo de Boric tem baixa aprovação e os eleitores estão preocupados com o aumento da criminalidade e da migração clandestina, temas que favorecem a oposição conservadora. A liderança de uma das economias mais ricas da América Latina está em jogo, num cenário marcado por baixo investimento e alto desemprego. As ações chilenas têm subido neste ano com apostas de que a eleição resulte em um governo mais favorável ao mercado.

“Do ponto de vista do mercado, uma vitória da moderada Carolina Tohá seria um alívio parcial: eliminaria o risco extremo de uma presidência mais radical à esquerda, mas também fortaleceria as chances da centro-esquerda em novembro. Isso poderia comprometer uma possível volta da direita, vista até agora como o desfecho mais provável”, disse Jimena Zuniga, analista de geoeconomia da América Latina da Bloomberg.

Tohá foi responsável pela criação do Ministério da Segurança Pública e defende a redução dos impostos para empresas, compensada por maiores tributos para os mais ricos. Já Jeannette Jara teve papel central nas negociações da reforma da previdência proposta por Boric, demonstrando capacidade de articulação, algo raro na política chilena nos últimos seis anos.

As urnas estarão abertas até as 18h no horário local de Santiago. O órgão eleitoral do país, o Servel, começará a divulgar os primeiros resultados parciais ainda na noite de domingo, com a apuração final prevista para as horas seguintes. A votação será voluntária, ao contrário da eleição presidencial de novembro, que será obrigatória.

A candidata ou candidato da esquerda vencedora enfrentará nomes como José Antonio Kast, ex-deputado ultraconservador que já disputou a presidência duas vezes, e Evelyn Matthei, uma conservadora moderada com carreira como senadora, ministra do Trabalho e prefeita.

O primeiro turno das eleições presidenciais será em 16 de novembro. Se houver segundo turno, ele será realizado em 14 de dezembro. As leis eleitorais chilenas proíbem reeleição consecutiva, o que impede que Boric dispute um novo mandato neste ano.

[Fonte Original]

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