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Ao contrário do total do resultado da balança total brasileira, cujo superávit piorou em relação a 2024, o comércio com a Argentina trocou o sinal no decorrer de 2025, saindo de déficit de janeiro a maio do ano passado para superávit em iguais meses deste ano.
No acumulado até maio deste ano o Brasil exportou US$ 7,5 bilhões à Argentina, 52,% a mais que igual período do ano passado. As importações de produtos argentinos em igual período somaram US$ 5,1 bilhões, praticamente estável, com alta de apenas 0,1%. O resultado foi um superávit de US$ 2,44 bilhões com o país vizinho. No ano passado houve pequeno déficit de US$ 142 milhões no período.
Na balança total brasileira, o superávit de janeiro a maio foi de US$ 24,4 bilhões, 30% a menor que o de igual período do ano passado.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a maior exportação para os argentinos é uma boa notícia em meio ao impacto da política tarifária de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre os preços das principais commodities exportadas pelo Brasil.
A exportação para a Argentina, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) divulgados esta tarde, também sofreram queda de preços de 2,2% de janeiro a maio contra iguais meses de 2024. A alta de 48,7% no volume, porém, garantiu elevação de mais de 50% nas receitas. A exportação geral brasileira teve queda de 0,9% na receita, com alta de 0,3% em quantidade e queda de 1,5% em preços.