Um homem de 45 anos, identificado como um cidadão egípcio que estava de forma ilegal nos Estados Unidos, é apontado como autor do ataque terrorista deste domingo (1) na cidade de Boulder, no Colorado.
Segundo as autoridades, oito pessoas com idades entre 52 e 88 anos ficaram feridas, algumas em estado grave.
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos afirmou nesta segunda-feira (2) que Mohamed Sabry Soliman entrou no país em agosto de 2022 com um visto de turismo (B2) que expirou em fevereiro de 2023. “Ele entrou com pedido de asilo em setembro de 2022”, informou a secretária assistente de Assuntos Públicos do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, no X.
De acordo com a CNN, registros policiais mostram que Soliman é acusado de vários crimes no país. Ele deve comparecer ao tribunal ainda nesta segunda-feira para responder pelo crime mais recente.
A comunidade judaica de Boulder realizava uma manifestação neste domingo pressionando pela libertação dos reféns israelenses que permanecem em Gaza, quando o agressor atacou pessoas no local com um lança-chamas e coquetéis molotov, segundo o FBI.
As autoridades acrescentaram que o autor do “ataque terrorista direcionado” agiu sozinho e gritou “Palestina Livre” durante o ato de violência.
Um dos manifestantes que participaram da marcha deste domingo, no Colorado, afirmou à CNN que um sobrevivente do Holocausto ficou ferido no ataque. Segundo o chefe de polícia, Stephen Redfearn, uma vítima ficou “gravemente ferida”.
Um lojista que estava próximo do local do ataque disse à emissora americana que ouviu gritos e observou pessoas carregando baldes de água para ajudar as vítimas. “Havia pessoas no chão e várias outras correndo com baldes, garrafas e tudo o que pudessem carregar com água”, contou sem se identificar.
“Todos jogavam água nas pessoas queimadas, especialmente uma mulher no chão, completamente queimada dos cabelos às pernas”, acrescentou no relato.
O episódio ocorre duas semanas após o assassinato de um casal de diplomatas israelenses, em Washington. Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, funcionários da embaixada israelense nos Estados Unidos, participavam de um evento judaico quando foram atacados por um homem que também teria gritado “Palestina Livre” após o ocorrido, segundo as autoridades.