O presidente da Argentina, Javier Milei, disse nesta quinta-feira (12) em um evento em Jerusalém junto do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que a mentalidade woke e o terrorismo levam ao mesmo lugar, “o desaparecimento do Ocidente”.
“Por mais diferentes que possam parecer, ambos os fenômenos levam ao mesmo lugar, o desaparecimento total do Ocidente, um motivado pelo fundamentalismo assassino, o outro possuído pelo relativismo suicida”, declarou, durante a assinatura de um memorando de entendimento contra o terrorismo e o antissemitismo.
Milei, que concentrou seu discurso na luta do bem (Israel) contra o mal (terrorismo iraniano), acusou os países ocidentais, com exceção dos Estados Unidos, de serem passivos diante da “luta entre o bem e o mal”, com a cumplicidade de organizações multilaterais “infectadas pelo wokismo”.
“Permanecer em silêncio diante do terror é escolher a morte”, afirmou, sob os aplausos da cúpula política de Israel.
Sobre o memorando, Milei disse que o documento diz respeito aos setores de educação e defesa, o que implica que o país adquirirá armas ou capacidades de armamento de Israel.
Este é o terceiro e último dia da visita de Milei a Israel. Antes, ele visitou o Muro das Lamentações e fez um discurso no Knesset, o Parlamento de Israel, no qual anunciou que uma promessa que havia feito no início do ano passado – de transferir a embaixada argentina no país de Tel Aviv para Jerusalém – será cumprida no ano que vem.
No discurso de quarta-feira (11), Milei criticou a ativista sueca Greta Thunberg, que nesta semana tentou atracar com um navio com ajuda humanitária na Faixa de Gaza junto de outros manifestantes, mas foi impedida por Israel.
“Um parágrafo separado para a ex-ativista climática que se tornou uma mercenária do ativismo, fazendo tudo o que a esquerda internacional manda em troca de um pouco de imprensa e câmeras”, disse Milei.
“Estou falando de Greta Thunberg, que nos últimos dias fez uma performance de vitimização, fingindo ter sido sequestrada, enquanto dezenas de cidadãos israelenses e do mundo, incluindo argentinos, permanecem sequestrados em condições desumanas”, afirmou o presidente argentino, em referência aos reféns do grupo terrorista Hamas.
Hoje, o presidente israelense, Isaac Herzog, entregou a Milei o Prêmio Genesis, por seu apoio a Israel durante a guerra na Faixa de Gaza, depois de lembrar do refém israelense nascido na Argentina Ariel Cunio, que ainda está retido pelo Hamas no enclave palestino.