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terça-feira, julho 1, 2025

FIIs sobem até 53% no primeiro semestre; veja as principais altas e baixas do período

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FIIsTickerVariação AnualVariação Últimos 12 meses
Bluemacaw LogísticaBLMG1154,82%8,5%
Hectare CEHCTR1144,26%– 3,02
Santander FII ResidencialSARE1130,87%19,37%
Kilima Volkano RecebíveisKIVO1128,72%-3,13
BRPR Corporate OfficeBROF1127,52%12,97%
BTG Pactual Agro LogísticaBTAL1127,19%23,65%
Cartesia Recebiveis ImobiliariosCACR1125,97%10,48%
REC Recebíveis ImobiliáriosRECR1125,43%16,42%
RBR LogísticaRBRL1125,07%15.8%
Valora CRI CDI FIIVGRI1125,07%7,16%

O mercado de fundos imobiliários (FIIs) encerrou o primeiro semestre de 2025 com desempenho positivo e generalizado. O IFIX, principal índice do setor, acumulou alta de aproximadamente 11% no período, mostrando um cenário menos adverso do que o ocorrido no final de 2024.

Outro ponto positivo foi a recuperação de fundos que estavam bastante descontados. Entre os destaques de valorização do semestre estão fundos como BLMG11 (+54,82%), HCTR11 (+44,26%) e SARE11 (+30,87%).

Segundo Sylvio Martins, analista de produtos alternativos da Arton Advisors, os fundos que mais performaram no semestre subiram por motivos distintos — e não apenas por uma correção natural do desconto patrimonial.

Ele cita o caso do SARE11, que teve forte valorização após receber uma proposta de aquisição por parte do BTLG11, num momento em que era negociado com cerca de 65% de desconto sobre o valor patrimonial.

Martins também alerta para o fato de que alguns desses fundos possuírem baixa liquidez, o que pode gerar distorções temporárias de preço, mesmo em um mercado que tende a ser mais eficiente.

Principais baixas do semestre

FundoTickerVariação AnualVariação Últimos 12 Meses
Urca Prime RendaURPR11-25,99%,– 43,06%
FII Tellus Rio BravoTRBL11-8,37%-32,9%
Merito Desenvolvimento ImobiliarioMFII11-5,01%-10,73%
BB Premium MallsBBIG11-4,88%– 9,75%
FII Hotel MaxinvestHTMX11-2,89– 10,52%

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Quais segmentos mais promissores?

Na avaliação de Bruno Nardo, sócio da RBR Asset, a possível estabilização da Selic em torno de 15% no segundo semestre, aliada à resiliência operacional dos ativos, deve continuar beneficiando os fundos de crédito, que seguem como boa alternativa de geração de renda.

Abaixo, confira o rendimento por setor no acumulado dos seis primeiros meses do ano, segundo o iTrix, um índice setorial de fundos imobiliários estruturado pelo Trix, plataforma da TRX Investimentos:

SetorDesempenho por setor
iTrix Tijolo10,22%
iTrix Papel10,18%
iTrix Varejo7,41%
iTrix Galpões9,93%
iTrix Escritórios10,81%
iTrix Shopping11,59%

Por sua vez, os fundos de tijolo, como shoppings e lajes corporativas, devem depender da melhora do cenário fiscal e da queda dos juros longos para apresentar uma recuperação mais consistente.

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IFIX acumula alta

Willian da Rocha, broker da Nippur Finance, aponta a recuperação do IFIX como reflexo da normalização das expectativas, após um fim de 2024 marcado por temor elevado em relação à condução da economia.

Para ele, o avanço dos fundos de lajes corporativas e híbridos com CRIs high grade e imóveis logísticos mostra a importância da gestão ativa e da seleção de ativos de qualidade.

Vinícius Araújo, analista da Trix, observa que a expectativa de uma Selic terminal menor do que a prevista no fim do ano passado ajudou a destravar valor em segmentos mais descontados, como escritórios e shoppings, que se destacaram frente a setores tradicionalmente mais resilientes, como varejo e galpões.

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Ambiente econômico teve normalização das expectativas

A perspectiva, no entanto, ainda é de atenção. Instituições como J.P. Morgan e Bradesco BBI já projetam uma Selic elevada por mais tempo, o que pode manter a competição acirrada com ativos de renda fixa.

Ainda assim, o analista Martins, da Arton Advisors, defende que o ambiente atual oferece uma rara oportunidade para quem busca ativos reais com retornos acima da inflação. “Muitos FIIs ainda estão negociados abaixo do custo de reposição e entregam yields reais superiores a 1% ao mês.”

Dessa forma, Caio Araújo, analista da Empiricus Research, ressalta que parte da recuperação do semestre se deve ao ponto de partida depreciado dos fundos ao fim de 2024, e à percepção de que o custo de oportunidade – representado pela Selic – pode ter chegado ao topo. “Mesmo com volatilidade externa, o ambiente foi menos deteriorado do que o esperado, favorecendo a retomada dos preços”, conclui.

[Fonte Original]

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