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terça-feira, julho 1, 2025

Payroll testa viés de alta do Ibovespa, Nasdaq e S&P500; dólar e BTC pressionados

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A semana se inicia marcada por uma agenda densa de indicadores econômicos que devem influenciar diretamente o humor dos mercados globais e, consequentemente, a performance dos principais ativos — incluindo Ibovespa, dólar futuro, Nasdaq, S&P 500 e Bitcoin. 

Nos Estados Unidos, os investidores voltarão o olhar para os dados do mercado de trabalho — com destaque para o payroll de junho, que será divulgado na quinta-feira (3), véspera do feriado de 4 de julho — além de relatórios como ISM, JOLTS e ADP, cruciais para antecipar os próximos movimentos do Federal Reserve e possíveis ajustes na curva de juros.

Com o mercado de olho na saúde fiscal e no ritmo da atividade econômica, a semana começa sob expectativa de dados relevantes no Brasil. A agenda doméstica traz como destaque os números do Caged, que medem a geração de empregos formais, além da produção industrial. 

Também estão no radar o balanço orçamentário do governo central e as estatísticas fiscais do setor público consolidado, que podem influenciar a leitura sobre o equilíbrio das contas públicas. 

A seguir, veja a análise gráfica atualizada de cada um desses ativos e os pontos relevantes de suporte e resistência que podem direcionar o movimento dos preços nos próximos dias.

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Análise técnica do Ibovespa

O Ibovespa segue em movimento de correção no curto prazo, após ter renovado seu topo histórico na faixa dos 140.381 pontos neste ano de 2025. Apesar do viés altista no acumulado do ano, o índice encerrou a última semana no campo negativo e rompeu uma LTA importante, o que reforça o sinal de alerta para uma possível mudança de direção no curto prazo.

Pelo gráfico diário, é possível verificar que o índice fechou pela sexta sessão consecutiva abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas emboladas, o que caracteriza um cenário de lateralização e indecisão. 

Para os próximos dias, a região entre 136.140/135.000 pontos merecem atenção. A perda desse suporte pode abrir espaço para uma reversão mais consistente, com alvos projetados em 132.990 pontos e, em uma extensão de movimento, até 129.770 pontos, onde se encontra a média móvel de 200 períodos.

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Por outro lado, para retomar o fluxo de alta, o Ibovespa precisa superar a faixa de resistência entre 139.420/140.381 pontos. Se houver rompimento com firmeza, os próximos objetivos ficam em 142.780 pontos, com alvo mais longo na região dos 144.800 pontos.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do Dólar

O dólar futuro segue pressionado por uma tendência de baixa que vem desde o fim de 2024, quando o ativo atingiu a resistência na região dos 6.557 pontos. A partir dali, entrou em um movimento descendente que segue dominante em 2025, com a mínima do ano sendo renovada recentemente nos 5.411,5 pontos. No acumulado de junho, o contrato recua 4,97% e, no ano, já acumula uma queda expressiva de 14,33%.

No curto prazo, após testar a média móvel de 21 períodos, o ativo voltou a ser negociado abaixo das médias — reforçando o viés vendedor. Na última sessão, o fechamento foi praticamente estável, com leve baixa de 0,02%, aos 5.482 pontos

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A atenção agora se concentra no suporte de 5.480 pontos, se tal região for rompida, o movimento de baixa tende a se intensificar, com alvos projetados em 5.377/5.341 pontos e, mais abaixo, na região de 5.281/5.237 pontos.Por outro lado, para que o dólar futuro ensaie uma recuperação, será necessário romper inicialmente a resistência dos 5.579 pontos, que coincide com a média de 21 períodos. Superado esse patamar, os próximos alvos passam a ser as faixas de 5.611,5/5.631 pontos, com possível extensão até 5.676/5.698 pontos.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira a análise dos minicontratos:

Análise técnica da Nasdaq

A Nasdaq iniciou um movimento consistente de recuperação no curto prazo após atingir a mínima do ano nos 16.542 pontos. A entrada de força compradora nesse nível foi decisiva para a reversão do movimento e impulsionou o índice a romper seu topo histórico, estabelecendo uma nova máxima em 22.603 pontos. No acumulado de junho, o índice avança 5,59%, enquanto no ano já registra alta de 7,24%, com o último fechamento cotado a 22.534 pontos.

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Ao analisar o gráfico diário, é possivel observar que o índice voltou a ser negociado acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas inclinadas para cima — uma configuração que reforça o viés altista. O rompimento da máxima histórica durante a última semana confirma a força do movimento comprador. 

Para que esse cenário continue, o índice precisará superar os 22.625 pontos. A quebra desse patamar pode abrir caminho para as projeções em 23.000/23.120 pontos, com objetivo mais amplo na região dos 23.850 pontos.

Por outro lado, caso haja entrada de volume vendedor, o índice pode recuar até a faixa de bipolaridade entre 22.222/21.980 pontos. A perda dessa região pode acelerar a correção, levando o índice a testar os suportes em 21.460 pontos e, em um movimento mais amplo de baixa, as faixas de 20.942/20.782 pontos.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do S&P 500

O S&P 500 mostra força compradora no curto prazo e renovou sua máxima histórica no último pregão da semana, atingindo os 6.187 pontos. Desde que encontrou suporte na mínima do ano, nos 4.835 pontos, o índice vem se recuperando de forma consistente. Em junho, já acumula alta de 4,42%, e no ano de 2025, a valorização atinge 4,96%.

Pelo gráfico diário, o índice voltou a operar acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas inclinadas para cima — o que confirma o viés altista. O rompimento do topo anterior sinaliza continuidade da tendência de alta.

Para que esse movimento se mantenha, será preciso superar a região dos 6.195 pontos. Acima desse nível, o S&P 500 pode seguir renovando máximas, com projeções em 6.300 pontos, e, em uma extensão mais longa, atingir 6.500 e 6.830 pontos.

Por outro lado, um eventual enfraquecimento do fluxo comprador pode abrir espaço para correções. A perda da região de 6.147/6.059 pontos — zona de bipolaridade — pode acionar movimento de baixa, com suporte imediato em 5.843 pontos. Caso esse nível seja rompido, o índice poderá recuar para as faixas de 5.680/5.580 pontos, dando continuidade à pressão vendedora.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira nossas análises:

Análise do Bitcoin

O Bitcoin voltou a mostrar força compradora após semanas de correção, encerrando a última semana em alta e rompendo uma sequência negativa de quatro semanas seguidas. 

A recuperação ganhou força após o ativo respeitar a média móvel de 9 períodos e voltar a fechar acima das médias de 9 e 21 períodos, sinal importante de retomada no curto prazo. No acumulado de 2025 já sobe 15,16%.

Tecnicamente, desde que marcou o topo histórico em US$ 111.917, o ativo formou um topo ligeiramente mais baixo — um sinal de pressão vendedora na região. 

Caso volte a fechar abaixo de US$ 100.424, poderá configurar um padrão de topo duplo, o que aumentaria o risco de novas quedas. A perda desse suporte abre espaço para recuos até US$ 92.950/US$ 91.590, com possível extensão até US$ 88.720.

Por outro lado, para dar sequência ao movimento de alta iniciado na última semana, o Bitcoin precisará romper a resistência em US$ 110.268. Superada essa faixa, o próximo desafio será o topo histórico em US$ 111.917. Se houver rompimento com volume, os alvos projetados ficam em US$ 112.540/US$ 115.180, com um objetivo mais longo na região de US$ 121.200.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

IFR (14) – Ibovespa

O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção. Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)

Guias de análise técnica:

Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.

[Fonte Original]

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