21.5 C
Brasília
quinta-feira, junho 5, 2025

Rede D’or (RDOR3) recua 4% após reduzir previsão de abertura de leitos

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

A RDOR (Rede D’Or) atualizou seu plano de expansão com redução de 21% no total de novos leitos previstos para 2025-2028, de 4.000 para 3.200. Para 2025, o corte foi ainda maior, de 45%, com previsão de apenas 500 novos leitos. A maior parte da revisão veio dos projetos brownfield, que caíram 45% (2.600 leitos), enquanto os greenfield tiveram redução de 14% (640 leitos).

Por volta de 14h50, as ações do grupo de saúde caíam 3,1%, a R$36,28, pior desempenho do Ibovespa, que subia 0,36%.

O capex por leito também foi revisto levemente para baixo em 3,6%, passando de R$ 1,45 milhão para R$ 1,4 milhão, desconsiderando três unidades entregues em 2024.

O Bradesco BBI considera a redução no plano de expansão como amplamente negativa para o Rede D’or, especialmente considerando o crescimento de beneficiários acima do mercado pela SulAmério e um ambiente competitivo mais favorável para os hospitais do Rede Dor, dada sua exposição limitada a operadoras em dificuldades financeiras, como certas Unimeds e entidades autogeridas.

“Além disso, a forte redução em projetos brownfield — que normalmente são mais rentáveis ​​e não exigem credenciamento de pagadores — também foi um sinal negativo, sugerindo perspectivas de crescimento mais fracas nos mercados existentes”, diz BBI, em relatório.

No entanto, o BBI destaca que a orientação revisada de 3,2 mil leitos ainda implica um aumento sólido de 25% na capacidade e permanece bem acima da sua estimativa de 1,5 mil leitos, já que havia excluído conservadoramente qualquer expansão além de 2026.

Continua depois da publicidade

O BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 34.

A equipe de análise do Morgan Stanley avalia a notícia como negativa para o crescimento a longo prazo, embora racionalize a alocação de capital. “Acreditamos que essa redução reflete as perspectivas econômicas mais difíceis para os próximos anos e um conjunto menor de pagadores disponíveis.”

Além disso, o Morgan lembra que a Rede D’or recentemente rompeu relações com os principais pagadores (Amil: 3.139 mil vidas e Unimed FERJ: 452 mil vidas), o que, em sua opinião, era adequado para a geração de caixa, mas poderia reduzir a clientela potencial em algumas regiões. Em suma, a projeção mais baixa indica que a empresa enxerga um menor potencial de mercado, um indicador negativo, na visão do banco.

Continua depois da publicidade

O Morgan Stanley reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 37.

Na avaliação do Itaú BBA, os descredenciamentos ocorridos nos últimos doze meses podem ter motivado uma revisão de alguns projetos em regiões específicas. A nova capacidade de leitos anunciada está 21% abaixo do que a companhia havia divulgado para 2024 e 11% abaixo das projeções do BBA para o total de leitos adicionados entre 2025 e 2029. Para o banco, essa revisão para baixo pode ser vista como um sinal negativo por parte de alguns investidores.

O Itaú BBA reconhece que o mercado poderia ter antecipado uma surpresa positiva vinda da Atlântica D’Or no formulário de referência recentemente divulgado, o que não se concretizou — pelo menos por enquanto.

Continua depois da publicidade

Apesar disso, o banco mantém uma visão construtiva sobre o desenvolvimento da parceria, enxergando potencial de expansão adicional em outras cidades, com base em três pilares:
i) a presença de uma população considerável de classe média alta;
ii) a forte participação de mercado da Bradesco Saúde e da SulAmérica; e
iii) a ausência de um player local de qualidade bem estabelecido, conforme destacado em sua última atualização.

O Itaú BBA manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 46.

Na visão de analistas do Citi, apesar da expectativa de algum corte no plano original, o movimento da Rede D’Or “naturalmente não é um bom presságio para a confiança em torno dos fundamentos de crescimento de longo prazo da empresa”.

Continua depois da publicidade

Analistas do JPMorgan ressaltaram que a maior parte da revisão ocorreu dentro das inaugurações planejadas para 2025 e 2026.

E acrescentaram, citando conversas com a empresa, que isso reflete uma revisão dos planos brownfield, já que a recente rescisão de acordos não rentáveis ​​com planos de saúde abriu capacidade em alguns ativos, enquanto o número reduzido de contratos em algumas regiões também provavelmente limitará o potencial de curto e médio prazos.

“Portanto, exigindo o faseamento/cancelamento de projetos”, acrescentaram.

Continua depois da publicidade

A equipe do JPMorgan avaliou que a revisão da expansão não traz impactos materiais às expectativas de curto prazo e tem efeito limitado à capacidade geral de leitos, enquanto reforça a disciplina de capital da empresa.

Os analistas do banco norte-americano também destacaram que o plano não incorpora novos projetos potenciais dentro da joint venture com a Atlântica Hospitais – uma subsidiária da Bradesco Saúde.

No mesmo relatório, o JPMorgan revisou previsões para a Rede D’Or, estabelecendo um preço-alvo para dezembro de 2026 de R$42 por ação, de R$36 para o final de 2025. “Continuamos com ‘overweight’ para Rede D’Or, enxergando a empresa como uma das melhores opções para atuar no setor de saúde.”

(com Reuters)

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img