Para Diego Ivo, o Google perdeu o timing. Thiago Tomaz, Head de Comunicação Digital da agência in.pacto, concorda com ele.
A gente está no meio de uma grande mudança e quem deveria liderar isso era o Google e não outras plataformas. Mudou tudo com o GEO. Não é só rankear. A IA já vem com a resposta completa e, além de entregar, personaliza esse conteúdo. E isso é o que define uma busca de sucesso hoje. Estamos caminhando para a busca conversacional. O que o Google coleta de dados, hoje, não se compara com o que o ChatGPT recebe [de informação fornecida pelos usuários]
Thiago Tomaz, head de comunicação digital da in.pacto
O mercado de conteúdo já se adapta a essa nova realidade. Segundo Tomaz, as agências têm incorporado novas estratégias, como a pesquisa sobre como as pessoas estão fazendo perguntas sobre determinados temas, em fóruns, canais do Reddit e em seções de Fale Conosco para qualificar o conteúdo de seus clientes.
Até poucos meses atrás, a prioridade era o SEO para melhorar o ranqueamento na busca orgânica do Google. Agora, a preocupação é construir conteúdo que seja buscado pela IA. Formatos como FAQ, Passo a Passo e texto em tópicos ajudam muito nisso. É preciso construir um texto como se você estivesse conversando com alguém
Thiago Tomaz
A tendência de as pessoas recorrerem a chatbots não escapa ao Google. A empresa implantou o AI Overview, que resume com IA os resultados das buscas e ocupa o topo de boa parte das pesquisas feitas com a plataforma, e liberou o AI Mode, uma modalidade de busca que responde demandas em forma de conversa e não mais com links.
Outra mudança no horizonte é a inclusão de anúncios nos chats de IA, estratégia que já está sendo testada pelo Google no Gemini, pela Perplexity e pela OpenAI. Se isso se confirmar, o jogo atual será ainda mais impactado: