Desenvolvimento rápido de respostas sem redirecionamento “é uma séria ameaça ao jornalismo e não deve ser subestimada”. William Lewis, editor e diretor-executivo do Washington Post fez alerta sobre a funcionalidade – que resume resultados, diminuindo a necessidade de acesso a links com informações completas. Ele explicou que o periódico “está agindo com urgência” para se conectar diretamente com o público e buscar novas fontes de receita.
Google “está deixando de ser um mecanismo de busca para se tornar um mecanismo de respostas”, disse Nicholas Thompson, presidente executivo do Atlantic. Em entrevista ao The Wall Street Journal, ele afirmou ser necessário que o veículo elabore novas estratégias de negócios ao assumir que o tráfego de usuários vindos do site de pesquisa possa cair para zero.
Com demissões, investimento em apps a ações na Justiça, empresas tentam diminuir perdas com IA
A diminuição de acessos levou a demissões no Business Insider, que desligou 21% da equipe em maio. Mudança na estrutura aconteceu após acessos ao site cairem 55% entre abril de 2022 e o mesmo mês de 2025. A medida foi a forma encontrada pela empresa para ajudar o jornal a “suportar quedas extremas de tráfego fora de nosso controle”, segundo a CEO, Barbara Peng.
Mas empresas também estão focando em construir confiança com leitores e gerar tráfego habitual e direto. Sherry Weiss, do Wall Street Journal, enfatizou a importância de garantir que os clientes venham diretamente ao site por necessidade. O Dotdash Meredith, que abriga marcas como People e Southern Living, viu a dependência do Google Search cair para cerca de um terço do tráfego total e passou a investir em newsletters e outros esforços para aumentar os acessos.
Já a revista Atlantic está investindo em melhoras no aplicativo e mais eventos ao vivo para fortalecer relações com leitores. As receitas de assinaturas e publicidade estão aumentando, segundo Thompson.