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quinta-feira, junho 12, 2025

Scott Bessent retorna a Washington enquanto as negociações entre EUA e China se estendem

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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, deixou as negociações comerciais com a China na noite desta terça-feira, em Londres, enquanto as delegações continuavam a negociar sobre exportações-chave de tecnologia e produtos industriais, além da tentativa de reduzir as tensões da guerra comercial.

Bessent disse a repórteres que precisava retornar a Washington para testemunhar no Congresso. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, planejavam continuar as discussões com os representantes chineses “conforme necessário”, afirmou.

“Tivemos dois dias de conversas produtivas, que ainda estão em andamento,” disse o secretário do Tesouro antes de deixar o Lancaster House, uma mansão da era georgiana próxima ao Palácio de Buckingham, que serviu como local das reuniões.

Os mercados financeiros estavam acompanhando de perto as conversas nesta terça-feira, à medida que as duas maiores economias do mundo davam continuidade às negociações sobre os termos da trégua tarifária acordada no mês passado. As ações americanas subiram para as máximas do dia depois que Lutnick declarou que as negociações estavam “indo muito, muito bem”.

O índice Dow Jones subiu 0,25%, a 42.866 pontos, o S&P 500 avançou 0,55%, a 6.038 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,63%, a 19.714 pontos.

As equipes, lideradas por Bessent e pelo vice-premiê chinês He Lifeng, ainda estavam em reuniões na noite de terça para acertar detalhes técnicos, segundo um funcionário do Tesouro.

A principal questão da semana é restabelecer os termos de um acordo firmado em Genebra no mês passado, no qual os EUA entenderam que a China permitiria o envio de mais terras-raras (minerais estratégicos) para clientes americanos. A administração Trump acusou Pequim de agir de forma lenta demais, o que ameaçava causar escassez em setores da indústria nacional.

He Lifeng deixa a Lancaster House, em Londres — Foto: Chris J. Ratcliffe/Bloomberg

Em troca, a administração Trump estaria preparada para retirar uma série de medidas recentes que miravam softwares de design de chips, peças para motores a jato, produtos químicos e materiais nucleares, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Muitas dessas ações foram adotadas nas últimas semanas, em meio ao aumento das tensões entre os EUA e a China.

‘Vitória para a China’

“Uma decisão dos EUA de retirar parte dos controles tecnológicos seria vista como uma grande vitória pela China,” disse Dexter Roberts, pesquisador sênior não residente no Global China Hub do Atlantic Council, acrescentando que a possibilidade de suspender “quaisquer controles” parecia “quase impensável” até recentemente.

Há um mês, Pequim e Washington concordaram em fazer uma trégua de 90 dias, até meados de agosto, em suas tarifas paralisantes para dar tempo de resolver muitas de suas divergências comerciais – de tarifas a controles de exportação.

A Lancaster House tem um significado histórico. Ela já foi palco de grandes discursos de primeiros-ministros do Reino Unido, discursos de presidentes de bancos centrais e festas para a família real britânica.

Ao mesmo tempo, a equipe comercial de Trump está se esforçando para garantir acordos bilaterais com a Índia, o Japão, a Coreia do Sul e vários outros países que estão correndo para fazer isso antes de 9 de julho, quando as chamadas tarifas recíprocas do presidente dos EUA aumentam da atual base de 10% para níveis muito mais altos personalizados para cada parceiro comercial.

Enquanto isso, o presidente chinês Xi Jinping manteve na terça-feira sua primeira conversa telefônica com o recém-eleito presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, e pediu cooperação para salvaguardar o multilateralismo e o livre comércio.

“Devemos fortalecer a cooperação bilateral e a coordenação multilateral, salvaguardar conjuntamente o multilateralismo e o livre comércio e garantir a estabilidade e a suavidade das cadeias industriais e cadeias de suprimentos globais e regionais”, disse Xi, de acordo com a reportagem da CCTV.

[Fonte Original]

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