Tanto a Cursor quanto a Windsurf são lideradas por recém-formados do MIT, na faixa dos vinte anos, e exemplificam a era da corrida do ouro no cenário das startups de IA. “Não vejo pessoas trabalhando tão arduamente desde o primeiro boom da internet”, disse Martin Casado, sócio geral da Andreessen Horowitz, investidor da Anysphere, a empresa por trás da Cursor.
O que não está tão claro é se as cerca de doze empresas de geração de código conseguirão manter seus clientes à medida que as grandes companhias de tecnologia se instalarem no setor.
“Em muitos casos, não se trata tanto de quem tem a melhor tecnologia – trata-se de quem fará o melhor uso dessa tecnologia e quem conseguirá vender seus produtos melhor do que os outros”, disse Scott Raney, diretor administrativo da Redpoint Ventures, cuja empresa investiu na Sourcegraph e na Poolside, uma startup de desenvolvimento de software que está criando seu próprio modelo de base de IA.
MODELOS PERSONALIZADOS DE IA
A maioria das startups de codificação de IA atualmente conta com o modelo Claude AI, da Anthropic, que ultrapassou US$3 bilhões em receita anualizada em maio, em parte devido às taxas pagas pelas empresas de geração de código.
Mas algumas startups estão tentando criar seus próprios modelos. Em maio, a Windsurf anunciou seus primeiros modelos internos de IA que são otimizados para engenharia de software em uma tentativa de controlar a experiência do usuário. A Cursor também contratou uma equipe de pesquisadores para pré-treinar seus próprios modelos de nível de fronteira de grande porte, o que poderia permitir que a empresa não precise pagar tanto às empresas de modelos de fundação, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto.