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Quem pensa que os negócios da Boeing se resumem a aviões está muito enganado. Além dos contratos com a NASA (como o que desenvolve a Starliner), a companhia anunciou na última quinta-feira (3) um contrato de US$ 2,8 bilhões com a Força Espacial dos Estados Unidos para construir dois satélites de defesa.
Segundo o comunicado divulgado pela Força Espacial, os dispositivos apoiarão a “Capacidade Operacional Inicial para combatentes estratégicos e garantirão a continuidade da execução da missão de Comando, Controle e Comunicações Nucleares”.
Diferentemente da NASA, que tem objetivos científicos, a Força Espacial é um braço das Forças Armadas dos EUA e tem como princípio conduzir operações militares no espaço e garantir a segurança do país.

De acordo com o órgão, os dois novos satélites farão com que a “tríade nuclear modernizada dos Estados Unidos funcione como uma capacidade de dissuasão diante de ameaças convencionais e nucleares“.
O que exatamente esses novos satélites do comando nuclear farão?
Segundo a Boeing, os satélites são essencialmente focados em comunicação e fornecerão uma forma segura de enviar dados para missões estratégicas da Força Espacial. Os dispositivos “utilizarão uma forma de onda altamente protegida e tecnologias confidenciais desenvolvidas em parceria com o Departamento de Defesa dos EUA”.
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Outros dois satélites adicionais também poderão ser adquiridos no futuro, como uma extensão do contrato.
“Os EUA precisam de uma arquitetura estratégica de segurança nacional que funcione sem falhas, com o mais alto nível de proteção e capacidade”, explicou Kay Sears, vice-presidente e gerente geral de negócios de sistemas espaciais, de inteligência e de armas da Boeing.

“Projetamos um sistema inovador para fornecer comunicação garantida e lidar com um ambiente de ameaças em evolução no espaço”, complementou no comunicado divulgado pela empresa.
Os satélites fazem parte do sistema ESS, composto por segmentos criptográficos, terrestres e espaciais, adquiridos pela Força Espacial – todos voltados para segurança.
“O resultado para nossa nação será a entrega de capacidades espaciais resilientes que comandarão e controlarão nossas forças nucleares em todos os ambientes operacionais, funções críticas necessárias para uma dissuasão nuclear duradoura”, finalizou a Força Espacial.