O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, afirmou nesta sexta-feira (4) que os atuais desafios da economia exigem uma cooperação estreita entre governo e mercado. Segundo Barbosa, é preciso fortalecer a cooperação entre países porque o mercado não será capaz de resolver sozinho “várias questões”.
“Os novos desafios requerem cooperação estreita entre governo e mercado. Os desafios requerem complementação e não substituição. O mercado não vai resolver sozinho”, disse durante o 10º Encontro Anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como banco do Brics, no Rio.
Barbosa abriu o discurso parabenizando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pelo bom desempenho da economia. Depois, citou três grandes temas que exigem esforço global: a transição climática, a transição demográfica e a transição digital.
“Nessa tarefa, bancos multilaterais e de desenvolvimento são fundamentais. [Nosso papel] é contribuir para financiar o desenvolvimento em resposta a desafios que os países enfrentam.”
Barbosa destacou a importância do Fundo Clima para o financiamento de projetos sustentáveis e do Fundo Amazônia para reduzir o desmatamento da Amazônia.
O diretor disse que o Fundo Clima terá mais US$ 2 bilhões este ano, mas que é preciso mais. “Enquanto os recursos não vêm, o governo brasileiro vai na frente, dentro das suas limitações fiscais, para mitigar e se adaptar [às mudanças climáticas].”
Barbosa também destacou que o BNDES atua em várias frentes, tais quais financiamento de infraestrutura, de longo prazo, comércio exterior, pequenas e grandes empresas.
Ao citar o envelhecimento demográfico, afirmou que é necessário investir mais na economia dos cuidados e na infraestrutura social.
Nesse sentido, citou o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social, que contará com R$ 10 bilhões em 2025.
“É um fundo em que o Tesouro fará captações domésticas e internacionais para financiar com taxas concessionais investimento em educação, saúde e segurança pública”, explicou.