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sábado, julho 5, 2025

Brics terá linha de garantia para projetos de transformação ecológica

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Os negociadores da área financeira do Brics chegaram a um consenso, na reunião desta sexta-feira (4), para lançamento futuro de uma linha de garantia do bloco para financiamento de projetos ligados à transformação ecológica. Eles aprovaram as diretrizes dessa linha, e as discussões sobre a sua instrumentalização continuarão no segundo semestre, ainda sob a presidência brasileira.

Segundo a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, o mecanismo visará incentivar investimentos em “infraestrutura resiliente, soluções baseadas na natureza e transição energética”.

“Esse é um tema que vai continuar a ser discutido ao longo do segundo semestre, nós tivemos aqui um trabalho em torno de diretrizes para esse mecanismo de garantia dos Brics”, afirmou Rosito, que copresidiu a reunião desta sexta-feira da trilha de Finanças do Brics. Neste sábado (5), haverá a reunião à nível ministerial.

O objetivo do novo mecanismo é reduzir o custo de capital para financiamento desses projetos. Segundo Rosito, as garantias específicas a serem cobertas também estão sendo discutidas – ou seja, se serão garantias referentes a riscos de crédito, riscos políticos, risco de mercado ou outros.

Governança e bancos multilaterais

Outro tema em que houve avanço entre os negociadores foi em relação a um documento, que será aprovado pelos ministros de Finanças, para que haja voz uníssona entre os países do Brics nos fóruns de governança global e nos bancos multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

“É um documento que busca, de forma geral, alinhar posições dos Brics sobre a reforma de cotas e governança”, afirmou Rosito, acrescentando que o objetivo é que o Brics possa falar como voz única e liderar o Sul Global em termos de reforma de cotas na 17ª reunião do FMI.

A trilha de finanças do Brics decidiu, ainda, colocar o financiamento climático como uma das prioridades do grupo, outra agenda cara à presidência brasileira, que se prepara para a COP30, em novembro, em Belém, no Pará.

Houve, ainda, trocas de experiências sobre Parcerias Público Privadas (PPPs) e mecanismos de mitigação de risco cambial. Nesse contexto, o Brasil apresentou o EcoInvest, instrumento desenvolvido pelo Tesouro Nacional, que pode vir a ser replicado por outros países.

Por fim, os negociadores da área financeira chegaram a um consenso para assinar, neste segundo semestre do ano, um memorando conjunto de cooperação aduaneira.Também ficou para o segundo semestre do ano a discussão sobre interoperabilidade dos créditos de carbono, ou seja, sobre mecanismos de precificação e de integridade do mercado regulado de carbono.

A expectativa é que amanhã saia o comunicado conjunto dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais abordando todos esses temas.

[Fonte Original]

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