21.5 C
Brasília
quinta-feira, julho 10, 2025

Conselho da Abiplast reforça urgência de estratégia neutra após anúncio de tarifas pelos EUA

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

O presidente do conselho da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, defende que o Brasil avance em uma estratégia comercial pragmática e neutra em meio ao clima global de protecionismo. A declaração ocorre no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, em retaliação às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relativas a empresas americanas e ao julgamento do ex-presidente Bolsonaro.

Roriz alerta que esse tipo de embate prejudica a competitividade internacional. Ele destaca que o plástico está relacionado a uma parcela expressiva do produto interno bruto (PIB) brasileiro, estando presente em tanques e para-choques de automóveis e embalagens. Quando se exportam produtos, exportam-se também conteúdos e valor agregado, o que representa impactos significativos.

“Os Estados Unidos gostam de importar produtos de alto valor agregado, com maior especialização e salários mais altos. Se você consegue vender para lá, é porque seu setor é muito competitivo”, afirmou.

Para o executivo, a tensão tarifária corrente evidencia a necessidade de o país manter o diálogo diplomático e construir relações comerciais para além dos grandes conflitos internacionais. “É bom que o presidente Lula entenda que o Brasil precisa parar de entrar em brigas lá fora e possa aproveitar as oportunidades”, disse, ressaltando que a neutralidade e a cooperação ajudariam a proteger as exportações brasileiras de equipamentos, combustíveis e máquinas, além de fortalecer a balança de pagamentos.

Roriz também lembra que o alto custo de produção no Brasil, em contraste com o modelo chinês — que produz em maior escala e com custos menores —, exige que o país se estruture para competir.

“A China tem escala maior, com um terço da produção mundial. Com a competitividade alta, eles podem comprometer nossa indústria”, afirmou. Nesse contexto, ele insiste ser “hora de restabelecer uma relação comercial” menos conflituosa e mais voltada ao fortalecimento do emprego e do investimento no país.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img