21.5 C
Brasília
segunda-feira, julho 7, 2025

Lula acusa FMI e Banco Mundial de sustentarem plano para financiar países mais desenvolvidos

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, neste domingo (6), instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) por sustentarem o que ele chamou de “Plano Marshall às avessas” — numa referência ao programa lançado pelo governo americano para reconstruir a Europa após a Segunda Guerra Mundial. Como parte desta analogia, Lula afirmou que ambas as instituições estaria drenando recursos financeiros dos países emergentes para financiar o mundo mais desenvolvido.

A afirmação foi feita durante uma das plenárias da cúpula do Brics, que acontece entre hoje e segunda-feira (7) no Rio de Janeiro. “As estruturas do Banco Mundial e do FMI sustentam um Plano Marshall às avessas, em que as economias emergentes e em desenvolvimento financiam o mundo mais desenvolvido”, argumentou Lula.

Em seguida, o presidente disse que os fluxos de ajuda internacional estão diminuindo enquanto que, em outra frente, o custo da dívida dos países mais pobres aumentou nos últimos anos.

Em relação a este cenário, o petista culpou o neoliberalismo. “O modelo neoliberal aprofunda as desigualdades. Três mil bilionários ganharam US$ 6,5 trilhões desde 2015”, emendou.

Ao citar os bilionários, o presidente enalteceu ferramentas como a “Justiça tributária” e “combate à evasão fiscal”. Segundo ele, somente com esses mecanismos é possível construir um crescimento econômico sustentável.

“Justiça tributária e combate à evasão fiscal são fundamentais para consolidar estratégias de crescimento inclusivas e sustentáveis, próprias para o século XXI”, citou.

Neste mesmo sentido, Lula enalteceu a decisão do Brics de entrarem num consenso sobre a chamada “Convenção Quadro da ONU sobre Cooperação Tributária Internacional”. Isso se deve ao fato de que os negociadores brasileiros da trilha de Finanças do Brics conseguiram, na quinta-feira (3), chegar a um entendimento para apresentação de uma declaração específica de apoio às negociações da Convenção Tributária, com uma referencia à tributação dos super-ricos, uma agenda defendida pela presidência brasileira.

Com isso, os países do Brics vão manifestar apoio à agenda liderada pela ONU para combate à evasão fiscal e maior cooperação entre as autoridades tributárias, além de mecanismos para taxar as altas rendas, de forma a construir um sistema tributário internacional mais justo e que ajude no combate à redução de desigualdades.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa do Fórum Empresarial do Brics, no Pier Mauá — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img