O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,74% em maio na comparação com abril, conforme divulgou o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (14). Em abril, o indicador teve de alta de 0,05% (dado revisado de alta de 0,16%).
O resultado de maio veio abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo VALOR DATA, de queda de 0,1%. O dado também ficou fora do intervalo das projeções, que iam de queda de 0,5% a crescimento de 0,5%.
No trimestre encerrado em maio, a alta foi de 1,28% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, por sua vez, houve aumento de 3,16%.
Em 12 meses encerrados em maio, o indicador apresentou avanço de 4,04%. Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. No ano, a variação foi de 3,36%.
Por fim, na média móvel trimestral, usada para captar tendências, o IBC-Br teve queda de 0,03% em relação aos três meses encerrados em abril.
O IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia.
O Banco Central também publicou as aberturas setoriais do indicador. O IBC-Br Agropecuária caiu 4,25% em maio ante abril, o IBC-Br Impostos caiu 1,02% e o IBC-BR Ex-Agropecuária caiu 0,31%.
Já o IBC-Br Indústria caiu 0,52%. Outra medição do comportamento do setor é a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE, que mostrou queda na produção da indústria brasileira de 0,5% em maio na comparação com abril.
Por último, o IBC-Br Serviços subiu 0,01 %. Na medição do IBGE na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o volume de serviços prestados no país subiu 0,1% em maio em relação ao mês anterior.
Segundo o BC, por conta das diferenças metodológicas, se espera que as diferenças entre o IBC-Br e as contas nacionais do IBGE sejam maiores nas aberturas setoriais do que nos agregados.