O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, no último sábado (5), apareceu em público pela primeira vez desde o início da guerra com Israel. A aparição ocorreu em uma cerimônia na véspera da Ashura, uma das principais celebrações xiitas da república islâmica.
A maior autoridade política e religiosa do país participou da celebração, que recorda a morte de Hussein, neto do profeta Maomé, na mesquita Khomeini, na capital iraniana, conforme publicado em suas redes sociais.
Vestido de preto em sinal de luto, ele estava acompanhado do vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Aref, do presidente do Parlamento, Mohammad Bagher Ghalibaf, e do chefe do Judiciário iraniano, Gholam-Hossein Mohseni-Eje’i.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, está no Azerbaijão para participar da 17ª cúpula da Organização de Cooperação Econômica (OCE).
Essa é a primeira aparição pública do líder supremo desde a guerra com Israel, que começou em 13 de junho e durou até 24 de junho, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo.
Na guerra de 12 dias, Israel destruiu instalações militares, atômicas e de energia iranianas, matando pelo menos 30 comandantes militares seniores e 11 cientistas nucleares. O Irã respondeu com ondas de bombardeio de mísseis em zonas civis e militares israelenses. Pelo menos 935 pessoas foram mortas no conflito, incluindo 38 crianças no Irã e 28 em Israel.
Khamenei apareceu em uma mensagem televisionada após o cessar-fogo para afirmar que o Irã “esmagou” Israel e deu “um duro tapa na cara” dos EUA, ao mesmo tempo em que afirmou que os ataques americanos às instalações nucleares iranianas não resultaram em “nada significativo”.