O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (14) que enviará armas aos outros países-membros da Otan para que estes, por sua vez, as enviem para a Ucrânia, e serão essas nações que arcarão com os custos desses armamentos.
“Hoje chegamos a um acordo: enviaremos armas a eles e eles as pagarão. Nós, os EUA, não faremos nenhum pagamento. Não as compraremos, mas as fabricaremos e eles as pagarão”, enfatizou Trump durante reunião no Salão Oval da Casa Branca com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
“[Os outros membros da Otan] têm uma opinião muito firme sobre isso, e nós também, mas muito dinheiro nos espera e simplesmente não queremos fazer mais [pela Ucrânia], e não podemos, mas fabricamos o melhor e o enviaremos à Otan”, afirmou.
O anúncio de Trump foi feito na mesma reunião em que informou que aplicará tarifas de 100% sobre produtos importados da Rússia e secundárias no mesmo patamar a nações que compram do país do ditador Vladimir Putin caso não seja alcançado um acordo para interromper a guerra com a Ucrânia dentro de 50 dias.
O presidente americano deixou claro que as medidas são uma reação à falta de resposta russa às tentativas dos Estados Unidos de intermediar um cessar-fogo.
“Senti que tínhamos um acordo [com Moscou] umas quatro vezes”, disse Trump. “Mas [a guerra] simplesmente continuou.”
De acordo com informações da CNN, o plano anunciado por Trump nesta segunda-feira vinha sendo discutido desde que o republicano venceu a eleição presidencial nos Estados Unidos, em novembro do ano passado.
Trump também explicou que conversará “sobre todo o assunto dos Patriots [sistema de defesa antiaérea], com o envolvimento da Noruega”, e disse que o acordo “inclui mísseis e munições”, dando a entender que poderiam ser armas ofensivas.
O presidente dos EUA destacou que um dos países membros da Otan possui 17 baterias de Patriots que não necessita, e que será negociado “um acordo para que as 17, ou uma grande parte delas, sejam destinadas” à zona de guerra.