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sexta-feira, julho 11, 2025

Bitcoin sobe para US$ 116 mil e Câmara convoca Banco Central e Ministério da Fazenda para debater reserva de BTC

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O preço do Bitcoin subiu mais de 5% nesta quinta, 10 e registrou uma nova máxima histórica, sendo negociado acima de US$ 116 mil.

O diretor-executivo da Pandhora Investimentos, Paulo Boghosian, aponta que o mercado cripto como um todo tem recebido fluxos relevantes, impulsionados pelos ETFs de Bitcoin e Ethereum, que continuam atraindo investidores.

Além disso, segundo ele, estamos em um momento de maior apetite por risco nos mercados globais, com liquidez aumentando, o que também favorece o setor.

Um ponto de destaque recente é o par ETH/BTC. Nas últimas semanas, o Ethereum parece ter encontrado um fundo em relação ao Bitcoin e tem demonstrado força nessa nova pernada de alta. Acreditamos que essa tendência deve continuar, impulsionada pela narrativa de tokenização de ativos e outras inovações em curso no ecossistema do Ethereum.”, disse.

Diante desta perspectiva de crescimento para o Bitcoin, a Câmara dos Deputados, aprovou a convocação do Banco Central do Brasil e do Ministério da Fazenda para debater a adoção de uma reserva estratégica de Bitcoin para o Brasil.

Atendendo a um requerimento do Deputado Federal, Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-RJ), a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara vai convocar Nilton José Schneider David, Diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil.

Além dele, será convocado Gabriel Mello, Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda; Bernardo Srur, Presidente da Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto); Rubens Sardenberg, Economista-Chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); Pedro Henrique Giocondo Guerra, Chefe de Gabinete do Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; e Diego Kolling, Head da Estratégia Bitcoin na Méliuz.

Reserva estratégica de Bitcoin no Brasil

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança destaca que recentemente o chefe de gabinete do Ministro e Vice-Presidente Geraldo Alckimin, Pedro Giocondo, afirmou que o país precisa debater com rigor a constituição de uma reserva soberana de valor de Bitcoin e, portanto, é fundamental colher a visão técnica das autoridades federais sobre o tema.

A convocação foi protocolada como parte das discussões do projeto de lei, PL 4501, de autoria do Deputado Federal Eros Biondini (PL-MG) que pede a criação de uma reserva de Bitcoin no Brasil.

O projeto já avançou na Câmara dos Deputados e recetemente ganhou um relatório positivo, pedindo sua aprovação, pelo relator da Comissão de Desenvolvimento Econômico, o Deputado Luis Gastão (PSD-CE), ambos integram a Frente Parlamentar de Livre Mercado.

Segundo o relator, a alocação de uma fração controlada das reservas em criptoativos como o Bitcoin pode funcionar como instrumento de diversificação de portfólio, reduzindo a exposição exclusiva a moedas fiduciárias sujeitas a choques geopolíticos ou políticas monetárias internacionais.

RESBit

Pela proposta, a reserva de Bitcoin no Brasil, chamada de RESBit será limitada a até 5% das reservas internacionais brasileiras, sendo sua aquisição feita de forma planejada e gradual. O projeto determina o uso de tecnologias seguras, como carteiras frias (cold wallets), e a obrigatoriedade de transparência na gestão, com divulgação de relatórios semestrais ao Congresso Nacional.

Além disso, a gestão da RESBit será atribuída ao Banco Central do Brasil e ao Ministério da Fazenda, que deverão adotar sistemas de monitoramento baseados em blockchain e inteligência artificial, garantir protocolos robustos de segurança cibernética e apresentar relatórios detalhados a órgãos de controle como TCU e CGU.

Também será criado um comitê técnico consultivo com especialistas em economia digital, segurança cibernética e blockchain, além da possibilidade de criação de grupos de trabalho interinstitucionais.

O projeto ainda prevê ações transversais de educação, inovação tecnológica e proteção das operações, como a criação de programas de formação em blockchain e segurança digital, capacitação de servidores públicos, estímulo à criação de startups do setor e desenvolvimento de infraestrutura tecnológica robusta. Há também previsão de parcerias com organismos internacionais para troca de experiências em boas práticas.

Apesar do relatório positivo emitido pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, o projeto ainda precisa ser analisado pelas Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pela Comissão de Finanças e Tributação, antes de ir para votação na Câmara e, posteriormente para o Senado.

Tendência consolidada

Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, argumenta que apesar do entusiasmo com os lucros de uma reserva de Bitcoin, não dá para ignorar os riscos.

Segundo ele, em um cenário de aperto de caixa, a empresa ou governo pode ser obrigada a vender seus Bitcoins — com lucro ou prejuízo — apenas para cumprir obrigações de curto prazo.

“E o problema se agrava quando se trata de uma alocação total dos recursos. A máxima dos investimentos segue válida: não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta, ainda mais quando falamos de ativos tão voláteis como o Bitcoin. Ao mesmo tempo, é impossível ignorar que o Bitcoin conquistou um espaço relevante no mercado financeiro global”, disse.

O analista também destaca que embora ainda sujeita a volatilidade, a criptomoeda vem apresentando oscilações menos abruptas, reflexo da crescente maturidade do mercado e da maior participação institucional. Atualmente, o setor vive uma nova onda de otimismo.

O Bitcoin mantém uma tendência de alta, alguns estados norte-americanos avaliam sua inclusão como ativo de reserva, e analistas já projetam que a criptomoeda possa atingir entre US$ 150 mil e US$ 200 mil ainda neste ciclo de valorização. Ainda assim, é fundamental manter a cautela. O mercado cripto continua exposto a riscos significativos — tanto regulatórios quanto de liquidez e segurança — o que requer manter sempre uma dose de equilíbrio”, finaliza

[Fonte Original]

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