O preço do Bitcoin bateu um novo recorde no início da madrugada desta sexta-feira (11), sendo negociado em US$ 118 mil por volta das 3h. A nova máxima histórica da maior criptomoeda do mercado culminou no maior banho de sangue do ano para os traders alavancados no BTC.
Conforme levantamento do Coindesk, mais de US$ 1,13 bilhão em posições foram liquidadas nas últimas 24 horas, com impressionantes US$ 1,01 bilhão vindos de vendedores a descoberto, marcando a maior perda de posições vendidas em 2025 até o momento.
O interesse em aberto em futuros monitorados por BTC subiu US$ 2 bilhões nas últimas 4 horas, com a relação long-short inclinada a favor de apostas otimistas em 52%, indicando o aumento das apostas em novos aumentos. O movimento, explica a publicação, foi liderado por Futuros de Bitcoin, que desencadearam US$ 590 milhões em liquidações, seguidos por futuros de Ethereum em US$ 241 milhões.
Cerca de 237.000 traders foram liquidados no total, sendo o maior impacto uma posição vendida de US$ 88,5 milhões em BTC-USDT na HTX. A escala e o desequilíbrio das liquidações — quase 90% de todas as posições eram vendidas — indicam a agressividade das apostas dos traders contra a alta.
A maior parte dos danos foi absorvida pela Bybit e pela HTX. Só a Bybit viu US$ 461 milhões em liquidações totais, com mais de 93% disso no curto prazo. Binance e HTX seguiram, registrando US$ 204 milhões e US$ 193 milhões, respectivamente.
Liquidações a descoberto ocorrem quando os traders tomam capital emprestado para apostar contra a alta dos preços, apenas para serem fechados à força quando o mercado se move contra eles.
Esses eventos são reflexivos, o que significa que não apenas fixam perdas, mas frequentemente aceleram o momentum de alta à medida que as posições são vendidas à força em um mercado em alta.
O pico de liquidação mais recente ocorre em meio a um otimismo renovado nos mercados de criptomoedas, após sinais de mudanças políticas nos EUA e fortalecimento das ações pró-Bitcoin.
Analistas comentam novo recorde do Bitcoin
O recente recorde de preço do Bitcoin é visto por especialistas como um indicativo de uma nova fase de alta no setor cripto. Em entrevista ao The Block, Jeff Mei, da BTSE, disse que o movimento sinaliza o início de uma grande valorização.
Vincent Liu, da Kronos Research, destacou o papel da estabilidade macroeconômica e da adoção institucional crescente. Segundo ele, o BTC vem sendo cada vez mais visto como um ativo de longo prazo, comparável ao ouro. No entanto, alertou que a divulgação dos dados de inflação dos EUA, prevista para 15 de julho, pode levar a uma realização de lucros.
O interesse institucional também se reflete nos ETFs de Bitcoin à vista, que registraram US$ 1,18 bilhão em entradas na quinta-feira — a segunda maior da história, segundo a publicação. Para Min Jung, da Presto Research, essa demanda é impulsionada por expectativas de cortes nos juros e pela inclusão do BTC nas estratégias de alocação de empresas, como fez a Strategy.
Nick Ruck, da LVRG Research, afirmou que mudanças regulatórias recentes, como a Lei GENIUS e o fim de uma regra tributária para corretoras, também vêm facilitando o acesso institucional ao bitcoin.
De forma geral, os analistas acreditam que, apesar das incertezas de curto prazo, os ventos favoráveis — como o início de um ciclo de cortes de juros e o avanço regulatório — devem sustentar o crescimento do setor.
- O Bitcoin mostra muita força no 2º trimestre e é destaque entre os ativos de risco. Será que uma próxima máxima história de preço vem aí? Agora é hora de agir estrategicamente. Abra sua conta no MB e prepare sua carteira!