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quarta-feira, julho 9, 2025

Cerca de 2.300 pessoas morreram em decorrência de onda de calor na Europa: ‘Assassina silenciosa’

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Cerca de 2.300 pessoas morreram de causas relacionadas às altas temperaturas em 12 cidades europeias durante a forte onda de calor que terminou na semana passada, de acordo com uma análise científica publicada nesta quarta-feira. Segundo os pesquisadores, 1.500 destas mortes seriam especificamente em decorrência de mudanças climáticas, que aqueceram o planeta e tornaram ainda mais extremas as estações quentes.

Milão foi a cidade mais afetada, com 317 das 499 mortes por calor atribuídas à crise climática, seguida por Paris e Barcelona. Londres teve 273 registros, 171 delas atribuídas à influência humana no clima, segundo os pesquisadores, que analisaram a atuação da mais recente onda de calor, que atingiu a Europa entre 23 de junho e 2 de julho.

“Este estudo demonstra por que as ondas de calor são conhecidas como assassinas silenciosas”, disse Malcolm Mistry, epidemiologista da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e coautor do estudo. “Embora algumas mortes tenham sido relatadas na Espanha, França e Itália, espera-se que milhares de pessoas tenham morrido em consequência das temperaturas escaldantes.”

Onda de calor na Europa se move em direção à Alemanha, que pode registrar 40°C; termômetro de rua em Berlim registra 38°C — Foto: Odd Andersen/AFP

Na França, as temperaturas ultrapassaram 40°C no sul na semana passada e 38°C em Paris, onde um alerta vermelho foi acionado pela primeira vez em cinco anos. O país registrou o mês de junho mais quente desde o início dos registros meteorológicos, em 1900.

Em Paris, os termômetros chegaram a 42°C, e na última quarta-feira, apesar de uma leve queda, a temperatura ainda se manteve em 36°C — considerada alta para os padrões locais. Mais de 2,2 mil escolas foram fechadas no país e ao menos 300 pessoas foram atendidas com insolação. Duas pessoas morreram, incluindo uma menina de dez anos.

O calor extremo em Londres esturricou o gramado de Kensington Gardens, junto ao Palácio da Diana — Foto: Ruth de Aquino
O calor extremo em Londres esturricou o gramado de Kensington Gardens, junto ao Palácio da Diana — Foto: Ruth de Aquino

Na Bélgica, as temperaturas ultrapassaram 35°C, e o Atomium, o famoso monumento de aço inoxidável em Bruxelas, ficou fechado. Os Países Baixos tiveram sua primeira “noite tropical” do ano, com temperaturas acima de 20°C (68°F).

Além da França, a Espanha também registrou seu junho mais quente, com uma média de 23,6°C, ainda mais alta do que a esperada em julho e agosto. Portugal também quebrou um recorde em junho, atingindo 46,6°C no domingo em Mora, a cerca de 100 km de Lisboa. Diante desse calor escaldante, a população faz o que pode para resistir.

— Como aguento? Não saio de casa. É preciso abrir as janelas cedo e por pouco tempo, no máximo até às 9h, fechar as persianas e trabalhar remotamente com o ar-condicionado ligado — explica o jornalista Manuel Méndez, de 46 anos, que mora em Madri. — Ligo o ar-condicionado. É caro, mas o considero como uma maneira de viver melhor. Algo que era um acessório há 10 anos agora é de primeira necessidade.

[Fonte Original]

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