O projeto de transformar a liga da Arábia Saudita em uma potência mundial pode estar prestes a mudar de rumo. O governo saudita planeja reduzir as despesas no futebol e colocar à venda os quatro clubes mais importantes do país: Al Nassr, Al Hilal, Al Ittihad e Al Ahli. Entre os afetados está a equipe de Cristiano Ronaldo, que renovou contrato recentemente em um acordo milionário e ainda reforçou o elenco com nomes como João Félix, Kingsley Coman e Iñigo Martínez, sob o comando do técnico português Jorge Jesus.
Segundo o jornalista saudita Ahmed Ajlan, a intenção é diminuir a dependência de recursos públicos e atrair investidores privados para gerir os clubes. Atualmente, 75% do capital pertence ao Fundo de Investimento Público (PIF) e os outros 25% estão sob controle do Ministério do Esporte. A venda deve envolver a totalidade das ações.
Um dos principais interessados é o príncipe Al Waleed bin Mosaad, apontado como favorito para comprar o Al Hilal. Ele é considerado “membro de ouro” do clube e chegou a disponibilizar seu avião particular para buscar Neymar em Paris, em 2023. Outro nome citado é o príncipe Abdullah bin Mosaad, ex-dono do Sheffield United, mas sem negociações avançadas.
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Desde o início da ofensiva para atrair estrelas do futebol europeu, em 2023, os quatro clubes já gastaram cerca de €1,59 bilhão apenas em transferências — valor que não inclui salários e outras despesas. O Al Hilal foi o que mais investiu (€558 milhões), seguido do Al Nassr (€406 milhões). A mudança de estratégia pode marcar uma nova fase no futebol saudita, com menos gastos públicos e maior peso de investidores privados.