Mesmo com os EUA se afastando do Acordo de Paris, a União Europeia promete cortes de até 72% nas emissões até 2035
O comissário de clima da União Europeia, Wopke Hoekstra, afirmou que o retrocesso das políticas ambientais dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump não está desestimulando os esforços globais contra as mudanças climáticas.
“Estamos fazendo exatamente o oposto do que os EUA estão fazendo, o que considero preocupante e problemático”, disse em Nova York, criticando as ações de Trump por metas climáticas.
O presidente dos Estados Unidos discursou na ONU nesta semana, e chamou as mudanças climáticas de “farsa”.

- Na quarta-feira, 118 países devem anunciar novas metas de redução de emissões para 2035, em alinhamento com o Acordo de Paris.
- A União Europeia ainda não finalizou suas metas, mas já concordou provisoriamente em reduzir entre 66% e 72% das emissões em relação aos níveis de 1990.
- Hoekstra minimizou o atraso, atribuindo-o ao processo democrático europeu, que, segundo ele, garante legitimidade às decisões.
- As informações são do New York Times.
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Tensões geopolíticas
A posição europeia é sensível: o bloco diverge cada vez mais de Washington na agenda climática, mas continua dependente dos EUA para comércio e segurança.
Sob pressão da Casa Branca, a UE acelerou a proibição de importações de gás russo e anunciou que comprará cerca de US$ 250 bilhões anuais em petróleo e gás americanos até o fim do mandato de Trump.
Ao mesmo tempo, monitora a China, que domina cadeias de suprimentos de energia limpa e é acusada por parlamentares europeus de concorrência desleal.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.