A sessão desta quinta-feira (18) foi amplamente positiva para as principais bolsas de Nova York, depois de o Federal Reserve (Fed) iniciar o ciclo de flexibilização monetária, ontem. Os índices renovaram máximas de fechamento, embora parte do mercado tenha percebido um tom mais “hawkish” (restritivo) do presidente do BC americano, Jerome Powell, durante a entrevista coletiva após a decisão de política monetária. Ainda assim, o alinhamento de expectativas entre a precificação do mercado e o gráfico de pontos (“dot plot”) do Fed sustentou o sentimento em Wall Street.
O índice Dow Jones encerrou em alta de 0,27%, aos 46.142,18 pontos, o S&P 500 ganhou 0,48%, aos 6.631,95 pontos, e o Nasdaq exibiu valorização de 0,94%, aos 22.470,72 pontos, impulsionado pelo bom desempenho do setor de tecnologia (+1,36%).
As ações da Intel subiram 22,77% após a Nvidia (+3,54%) anunciar investimento de US$ 5 bilhões em uma parceria para fabricação de chips para data centers e computadores.
O mercado percebeu um teor mais conservador nas falas de Powell, especialmente quando o presidente do Fed mencionou que o corte na reunião de ontem seria para um “gerenciamento de riscos” e que a autarquia permanecerá dependente de dados nas próximas reuniões. Esse posicionamento se contrapôs ao comunicado da decisão, interpretado como mais flexível, e à deterioração do mercado de trabalho.
O cenário-base do UBS GWM é de 0,75 ponto percentual (p.p.) em cortes entre o final deste ano e o primeiro trimestre do ano que vem, diante da perspectiva de que o Fed priorizará o mandato de pleno emprego. Em um cenário econômico com maior deterioração do mercado de trabalho, a instituição financeira enxerga ainda a possibilidade de reduções de 2 a 3 pontos percentuais, o que levaria a taxa para 1% a 1,5%.
No front de dados, os dados de pedidos de seguro-desemprego mostraram queda de 33 mil, para 231 mil, na semana encerrada em 13 de setembro, a maior baixa em quase quatro anos, após um aumento atípico na semana anterior.