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terça-feira, setembro 16, 2025

Ibovespa renova recorde às vésperas de decisões de juros no Brasil e nos EUA

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Às vésperas das reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o Ibovespa voltou a engatar um novo recorde duplo: fechamento nominal, aos 143.547 pontos, com alta de 0,90%; e intradiário, aos 144.194 pontos. A última vez que o índice tinha registrado uma “dobradinha” histórica como essa foi na última quinta-feira (11), quando encerrou aos 143.150 pontos, tocando os 144.012 pontos, na máxima intradiária.

Apoiado pela visão de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve cortar os juros na quarta-feira, o maior apetite a risco no exterior ajudou a embalar um dia positivo para a bolsa local, que também foi beneficiada pelo avanço de blue chips.

O índice chegou a subir mais de 1,30% no ápice desta segunda-feira, mas perdeu força perto do fim do pregão após nova ameaça dos Estados Unidos. O secretário de Estado do país, Marco Rubio, disse hoje que o governo americano deve anunciar na próxima semana uma resposta ao Brasil devido à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A reação foi imediata em ações de bancos, que se afastaram das máximas. Com isso, os papéis PN do Itaú terminaram com alta de 1,66%. Na ponta contrária, a exceção ficou para as ações ON do Banco do Brasil, que ampliaram as perdas e fecharam em queda de 2,20%, revertendo a sequência de altas registrada nas últimas sessões.

O analista-chefe de renda variável da Mantaro Capital, Pedro Gonzaga, conta que a gestora está atualmente sem posição em Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil. A preferência agora, diz, está outras ações do setor financeiro, como B3, XP, BTG Pactual, Nu, Inter e Stone.

“Um fator em comum [para não ter bancões] é nossa avaliação de que há um menor potencial de valorização nos bancos incumbentes do que em outras empresas do setor financeiro. Uma crítica poderia ser que os banco incumbentes apresentam maior proteção para evitar um downside [queda no preço], mas não vemos dessa forma”, diz Gonzaga.

“BB e Bradesco possuem um balanço patrimonial frágil, ficando dependentes de uma melhora do Brasil. Isso é menos presente no Santander, mas ele e o Itaú possuem uma oportunidade de ganho menor”, acrescenta o profissional.

De olho no ganho de tração que algumas instituições ligadas ao mercado de capitais podem ter com o recuo da Selic, a Itaú Asset também está com apostas em B3, além de outras companhias do setor financeiro, como Itaú, BTG Pactual, Nu e Stone.

Em live do Itaú Views, o gestor de ações da Itaú Asset, Bruno Savaris, destacou que a B3 tem margens boas e que está bem-posicionada no mercado. Hoje, os papéis da companhia encerraram com ganhos de 3,24%. “Tem bastante ruído com relação ao aumento de competição, mas, no fim do dia, o impacto financeiro é limitado nos próximos cinco anos. A empresa está pagando um dividendo gordo e vem fazendo recompras.”

O volume de recompras das companhias da bolsa também foi citado pelo estrategista-chefe do Itaú BBA, Daniel Gewehr, como um ponto de destaque neste ano. “O maior indicador indireto de que a bolsa está barata é a quantidade de recompra de ações. Quem mais entende de uma empresa? É o CEO, é o CFO, o controlador. Eles estão recomprando a ação. O ‘valuation’ está interessante”, observou o executivo, que também participou da live do Itaú Views.

O dia também foi positivo para blue chips de commodities: as PN da Petrobras subiram 0,87%, enquanto as ON da Vale avançaram 0,88%.

A divulgação de dados abaixo do esperado para o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), que caiu 0,53% em julho, ante junho, também ajudou a promover o recuo dos juros futuros, o que teve efeito positivo sobre a bolsa. Ações cíclicas domésticas responderam pelas maiores valorizações do índice, caso de Magazine Luiza (+7,41%), Yduqs (+6,72%) e Cogna (+4,45%).

Já na ponta contrária, as ações da RD Saúde lideraram as perdas, com -3,93%. A forte alta do índice, porém, não foi acompanhada, na mesma magnitude, pelo aumento do volume financeiro negociado pelo Ibovespa, que ficou em R$ 12,5 bilhões. O montante está bem abaixo da média diária de R$ 16,2 bilhões registrada desde o começo do ano. Na B3, o giro financeiro chegou a R$ 17,0 bilhões. Em Wall Street, os principais índices americanos fecharam em alta: o Nasdaq subiu 0,94%; o S&P 500 avançou 0,47%; e o Dow Jones teve ganho de 0,11%.

[Fonte Original]

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