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quarta-feira, setembro 3, 2025

Ibovespa tem leve queda em pregão de liquidez reduzida com feriado nos EUA

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Em dia de liquidez reduzida e sem grandes direcionadores locais ou internacionais, o Ibovespa teve dificuldade em encontrar uma direção única. Depois de iniciar a manhã em leve alta, o índice virou para o negativo e apresentou queda moderada ao longo de parte da tarde, até encerrar próximo à estabilidade, com recuo de 0,10%, aos 141.283 pontos, oscilando entre os 140.878 pontos e os 141.950 pontos.

Com os mercados de ações e de Treasuries fechados por causa do Dia do Trabalho nos EUA, os investidores se prepararam para a bateria de dados e de eventos importantes ao longo da semana, com destaque para o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), amanhã, além dos números do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e do “payroll” americano.

O volume financeiro do índice foi de R$ 8,5 bilhões e de R$ 11,9 bilhões na B3, o que ficou bem aquém do visto na sexta-feira, quando o giro do Ibovespa bateu R$ 16,9 bilhões.

O desempenho mais negativo de boa parcela das blue chips também pesou sobre o índice no pregão de hoje. Depois de liderar as altas na sexta-feira entre as ações de bancos, Banco do Brasil cedeu 1,40%, quebrando a sequência de quatro sessões de alta seguida.

Outros papéis de instituições financeiras também caíram em bloco, com exceção das PN do Itaú Unibanco, que subiram 0,79%. As ações ON da Vale, por outro lado, fecharam estáveis, com alta de 0,07%. Já as ações da Petrobras terminaram mistas: as ON recuaram 0,44%, enquanto as PN avançaram 0,23%, o que pode indicar que houve venda de investidor estrangeiro.

Nos extremos do pregão, Raízen PN avançou 5,98%, ampliando o forte ganho registrado na sexta-feira. Já a Auren ON cedeu 3,04%, após duas sessões seguidas de alta.

O mês de agosto foi positivo para os mercados globais, com destaque para o MSCI ACWI, com valorização de 2,7%, ressalta a XP em relatório. O índice reúne ações de grandes e médias empresas de 23 países desenvolvidos e 24 emergentes, como EUA, Japão e Alemanha, além de Brasil, China e Índia.

O desempenho foi impulsionado pela sólida temporada de resultados do segundo trimestre, considerada a melhor em três anos; o valuation ainda atrativo das ações; as expectativas de queda de juros à frente e o início do “trade eleitoral”, afirma a equipe de pesquisa liderada pelo estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira.

“Mantemos uma visão construtiva, com nossa estimativa de valor justo do Ibovespa em 150 mil pontos, e seguimos vendo o valuation atrativo em 9,1x preço sobre lucro”, escrevem os analistas.

O otimismo é compartilhado pelo Santander, que ampliou a exposição a companhias ligadas à economia doméstica. Segundo os estrategistas do banco, pela primeira vez desde a pandemia de covid-19, há a possibilidade de que Estados Unidos e Brasil iniciem, ao mesmo tempo, ciclos de afrouxamento monetário, em direção a um “soft landing” (pouso suave da economia).

O banco retirou WEG e Lojas Renner do portfólio, incluindo em seu lugar Nubank e C&A. Além disso, reduziu a posição em Petrobras e ampliou a exposição a Telefônica Brasil (Vivo) e Mercado Livre.

De olho nos últimos dados de atividade e de inflação apresentados, o diretor de investimentos (CIO) da Franklin Templeton, Frederico Sampaio, explica que está construtivo com a bolsa local e que chegou a aumentar a alocação comprada recentemente. A mudança tem como foco a aproximação do ciclo de corte de juros do Banco Central, que pode começar entre o fim deste ano e o início do ano que vem.

Ainda que pesquisas eleitorais recentes tenham incrementado a volatilidade nos pregões, o executivo não acha que as eleições estejam no preço dos ativos neste momento. “Se a gente tivesse uma probabilidade concreta de condução de mudança de política econômica em 2026, a gente estaria caminhando mais para a média do múltiplo preço/lucro do Ibovespa e não estamos lá. Acho que não está no preço. Esse jogo vai começar a ser jogado mais para março e abril.”

Entre as preferências da casa estão ações de boas pagadoras de dividendos, caso de Eletrobras. Sampaio cita que a companhia surpreendeu o mercado ao anunciar proventos elevados no balanço do segundo trimestre e que as ações devem voltar para o radar.

[Fonte Original]

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