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quinta-feira, setembro 18, 2025

Manhã no mercado: No pós-Copom, Fed segue no foco dos agentes em dia positivo para ativos de risco

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m dia após o Federal Reserve (Fed) dar início a um novo ciclo de flexibilização da política monetária, os mercados ainda reagem às perspectivas para as taxas de juros nos Estados Unidos. Embora o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha provocado alguma correção de rota nos ativos globais ao adotar um tom mais “hawkish” (duro), em contraste com o viés mais “dovish” do comunicado e das projeções econômicas do próprio banco central, hoje os mercados ensaiam um retorno a um viés que aponta para taxas de juros americanas mais baixas.

Os rendimentos dos Treasuries de longo prazo operam em queda e as bolsas em Nova York se ajustam em alta. No mercado de câmbio, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas fortes, ronda a estabilidade, após ter subido ontem após o discurso de Powell. Vale notar, porém, que, após o forte tombo do dólar e diante de um posicionamento técnico “carregado” em posições vendidas na moeda americana, é possível que uma correção tenha pesado no comportamento do câmbio.

Entre as moedas emergentes, o dólar adota um viés de queda: recua 0,32% ante o peso mexicano; cede 0,36% em relação ao rand sul-africano; e tem baixa de 0,41% na comparação com o florim húngaro. O real, assim, pode acompanhar esse movimento, após um tom mais duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil na decisão de ontem. Embora o colegiado tenha seguido o script esperado pelo mercado, aquilo que não foi dito e nem colocado pelo Copom no comunicado aponta para um posicionamento mais duro.

Entre os pontos, o Copom não reduziu as projeções de inflação no horizonte relevante, como o mercado esperava diante de alguma queda nas expectativas no Focus e da apreciação do câmbio, e também não fez nenhum comentário mais específico sobre o movimento recente de alívio nas expectativas inflacionárias de longo prazo. Nesse sentido, o viés mais “hawkish” adotado pela autoridade monetária pode provocar alguns ajustes na curva de juros, com adiamento dos cortes de juros precificados nos vértices mais curtos e consequente movimento de achatamento (“flattening”).

Alguns pontos devem ser observados ao longo do dia e podem influenciar o comportamento dos ativos financeiros, como os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA e as incertezas políticas no Brasil, no momento em que a Câmara dos Deputados começa a debater o projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro, embora esse fator deva ficar em segundo plano na leitura do mercado. Ainda no campo político, a pesquisa Genial/Quaest que traz possíveis cenários eleitorais para o próximo ano não deve ter grande impacto nos preços dos ativos domésticos.

Justificativas de dissidentes do Fed também devem ficar no radar dos mercados entre hoje e amanhã.

[Fonte Original]

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