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quarta-feira, setembro 24, 2025

Precatórios têm queda de R$ 5,4 bi no Orçamento

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O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, afirmou que houve uma redução de R$ 5,4 bilhões em precatórios no Orçamento, decorrente do cancelamento de precatórios ainda sem trânsito em julgado, conforme decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essas despesas não entram no cômputo da meta fiscal, mas são contabilizadas no resultado primário do governo central.

Informações foram passadas durante a coletiva de divulgação do 4º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. O secretário explicou que o bloqueio anunciado nesta segunda-feira (22), no valor adicional de R$ 1,4 bilhão, decorreu de variações nas despesas primárias obrigatórias.

Entre os principais fatores, estão o aumento de R$ 2,9 bilhões nos gastos com Benefício de Prestação Continuada (BPC), R$ 1,9 bilhão em despesas obrigatórias com Controle de Fluxo (dos quais R$ 1,4 bilhão referentes à Saúde), R$ 1,2 bilhão em Abono e Seguro-Desemprego e R$ 1 bilhão em repasses vinculados à Lei Aldir Blanc — a Lei Orçamentária Anual (LOA) havia previsto apenas R$ 500 milhões para essa política.

Por outro lado, houve alívio em algumas rubricas. As despesas com benefícios previdenciários — maior gasto do Orçamento, que soma cerca de R$ 1 trilhão — caíram R$ 3 bilhões. Também houve reduções de R$ 1,3 bilhão em Pessoal e Encargos Sociais e de R$ 700 milhões em Subsídios, Subvenções e Proagro.

O secretário destacou ainda que o crescimento da despesa primária, que alcançou 19% do PIB, foi consequência da revisão para baixo da projeção do PIB.

O governo conseguiu reduzir a previsão com sentenças judiciais e requisições de pequeno valor (RPV) para este ano, o que ajudou a controlar o crescimento de parte das despesas obrigatórias.

“Houve redução de R$ 4 bilhões na projeção de RPV da Previdência e aumento de R$ 1 bilhão na concessão de benefícios”, explicou o secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes. No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), houve uma redução de R$ 2 bilhões na previsão de sentenças.

O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, explicou que a redução do RPV é reflexo de uma menor projeção dessa despesa, enquanto a diminuição dos precatórios é reflexo da ação da AGU no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para cancelamento de precatórios expedidos sem trânsito em julgado.

“Redução de precatório e RVP mostra parceria exitosa com a AGU. O governo tem tido excelentes resultados no Judiciário nessa gestão”, destacou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.

“Desde o inicio do governo foi criado o Conselho de Riscos Fiscais Judiciais, ação que leva tempo, mas a gente tem tido resultado [positivo]”, completou o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães.

Ainda durante a entrevista coletiva, Montes afirmou que o impacto das mudanças na regra do salário-maternidade já foi incluído no relatório bimestral divulgado nesta segunda. A projeção é de aumentar as concessões desse benefício em R$ 2,7 bilhões.

Há, ainda, uma previsão de aumento no Benefício de Prestação Continuada (BPC), influenciado, segundo Montes, pelo crescimento das concessões judiciais a pessoas com deficiência. “Efeitos do processo revisional do BPC ainda não atingiram o objetivo”, reconheceu o secretário.

Já o projeto de lei complementar do tarifaço não foi incluído no Relatório Bimestral, porque ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional. Essas despesas ficarão fora da meta.

— Foto: Pixabay

[Fonte Original]

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