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terça-feira, outubro 7, 2025

Após Sanções Americanas e Correções Técnicas, Ibovespa Fecha em Queda

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Nesta segunda-feira (22), o presidente americano, Donald Trump, anunciou nova sanção ao Brasil e ao ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Baseado na Lei Magnitsky, o governo americano cancelou o visto da esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, do advogado-geral da União, Jorge Messias, e de outras cinco autoridades brasileiras. O Lex Instituto de Estudos Jurídicos, instituição da família de Moraes, também foi sancionado.

O episódio aumenta as tensões no mercado de novas retaliações dos Estados Unidos contra a economia brasileira. Na última semana, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi condenado pelo STF por golpe de Estado, o que levantou preocupações entre agentes, já que o julgamento foi uma das justificativas usadas por Trump para taxar o Brasil em 50%.

No final da sessão, o Ibovespa fechou em queda de 0,52%, ao totalizar 145.109,25 pontos. Além dos fatores geopolíticos, o índice refletiu correções técnicas, após acumular alta de 2,5% na última semana, quando sua pontuação superou os 146 mil, pela primeira vez na história. Em Wall StreetDow JonesNasdaqS&P 500 renovaram suas máximas, ao avançarem 0,14%, 0,70% e 0,44%, respectivamente, com a Nvidia sob os holofotes, após anunciar aporte de até US$ 100 bilhões (R$ 533 bilhões) na OpenAI. Já o dólar à vista chegou à quarta sessão em alta, com acréscimo de 0,33%, cotado a R$ 5,3380. O movimento contrariou o registrado no exterior, onde a moeda americana perdeu força.

Durante a manhã, investidores se mantiveram atentos aos comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente da Câmara, Hugo Motta, durante evento do BTG Pactual em São Paulo.

Haddad defendeu que, para o arcabouço fiscal ser fortalecido, é necessário criar condições políticas para tratar com os parlamentares sobre ajustes de regras. Motta, por sua vez, afirmou que a proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil será pautada no plenário possivelmente na próxima semana.

Nesta semana, novos dados ainda devem mexer com a dinâmica dos investidores. Na terça (23), o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), divulgará sua última ata. O dia também pode ser marcado pelo discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia Geral da ONU.

Já na quinta (25), a autarquia publicará o Relatório de Política Monetária do BC, enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compartilhará o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação. No mesmo dia, dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA serão divulgado e, na sexta-feira (26), o Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoal dos americanos (PCE) será compartilhado.

Destaques

COSAN ON desabou 18,13%, perdendo R$ 2,5 bilhões em valor de mercado, após anunciar uma capitalização até R$ 10 bilhões, em uma operação que busca otimizar a estrutura de capital e fortalecer a governança do grupo, mas representará uma forte diluição para acionistas. Analistas, contudo, avaliaram que o grupo emergirá muito mais saudável do processo.

RAÍZEN ON caiu 7,75%, tendo no radar anúncio de capitalização da Cosan, que disse que os recursos não serão usados na Raízen, joint venture entre Cosan e Shell.

EMBRAER ON saltou 4,63%, após acordo com a Latam Airlines que envolve um pedido firme de 24 aeronaves E195-E2, avaliado em aproximadamente US$ 2,1 bilhões (R$ 11,193 bilhões), considerando o preço de tabela dos aviões, e 50 opções de compra. Analistas destacaram que o pedido reforça a competitividade dos produtos da Embraer.

PETROBRAS PN subiu 1% e PETROBRAS ON avançou 1,07%, em dia de pagamento da segunda parcela da remuneração aos acionistas referente ao balanço de 31 de março, com valor bruto de R$ 0,45 por ação. No exterior, o barril de petróleo sob o contrato Brent recuou 0,16%.

RUMO ON valorizou-se 2,05%, tendo também no radar a operação da Cosan, empresa que detém cerca de 30% do capital da Rumo. De acordo com analistas do Bradesco BBI, a melhora da situação financeira no nível da Cosan reduz o risco relacionado à alocação de capital da Rumo, diante do elevado desembolso de capex esperado para os próximos anos.

VALE ON avançou 0,14%, endossada pelo avanço dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações diurnas com alta de 0,37%.

NATURA ON caiu 4,97%, em sessão negativa para ações de empresas sensíveis a juros, em dia de alta nas taxas dos contratos de Depósitos Interbancários (DIs). O índice de consumo da B3 perdeu 1,91%. Também na ponta negativa estavam LOJAS RENNER ON, que fechou em baixa de 3,84%, e VAMOS ON, que terminou com declínio de 3,16%.

RD SAÚDE ON recuou 2,81%, tendo também como pano de fundo anúncio de oferta de ações pela Pague Menos, incluindo uma oferta primária base de 40 milhões de papéis e uma oferta secundária, que terá a General Atlantic como vendedora, de inicialmente 29,565 milhões de ações. A oferta será precificada em 30 de setembro. PAGUE MENOS ON, que não está no Ibovespa, cedeu 1,11%.



[Fonte Original]

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