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Acessibilidade
Nesta quinta-feira (4), o BTG Pactual anunciou parceria com a gestora Portuguesa IMGA para lançamento do fundo BTG Pactual GV Corporate Bonds 60/40. O produto é elegível ao Golden Visa Portugal, uma alternativa para quem não só deseja diversificar os investimentos, mas que também busca o visto para morar em Portugal.
Embora seja um fundo no exterior, o ativo tem uma estratégia conservadora, com foco em estabilidade, preservação de capital e diversificação geográfica. Ele também possui proteção cambial integral para euro, o que eleva a garantia de retorno. A alocação do investimento é dividida entre emissores de Portugal (60%) e Brasil (40%) com perfil investment grade/high elevado. O banco depositário do investimento será o Millennium bcp, instituição digital portuguesa.
Dentro do produto há duas categorias: a de capitalização, com subscrição mínima de 100 mil euros (R$ 635 mil reais), e a de distribuição, com investimento mínimo de 150 mil euros (R$ 952,5 mil), que ainda prevê aporte diário, liquidez com resgate em D+6 e taxa anual de 1,40%. O tempo de permanência é de ao menos cinco anos.
O visto de ouro
O Golden Visa Portugal foi criado em 2012 atrair investidores de fora da União Europeia (UE) que desejam morar no país da Península Ibérica. Inicialmente o país oferecia apenas investimentos imobiliários, mas precisou mudar de rota com a crise habitacional. Quem deixa o dinheiro neste tipo de fundo consegue a cidadania portuguesa em cinco anos, tem permanência mínima reduzida no país e livre circulação pelo Espaço Schengen — área que compreende 29 países europeus, sendo a maioria da UE.
A estratégia não é exclusiva de Portugal. Nos Estados Unidos, por exemplo, há o visto EB-5, que oferece a cidadania ao investidor, após dois anos. Por outro lado, ele exige maior investimento, por volta de US$ 1,05 milhão (R$ 5,72 milhões). Outras nações que possuem projetos semelhantes para atrair cidadãos endinheirados são Canadá, Grécia, Luxemburgo, Malta, Mônaco, Singapura, Suíça e Turquia, entre outros.
O objetivo é atrair capital estrangeiro e estimular setores estratégicos do país. Trata-se de um recurso focado no público de alta renda. Os investimentos vão além dos fundos, podendo também ser alocados em empresas e até doações públicas. Como contrapartida, após determinado período — que varia de país para país — investidor e família têm direito à residência, inclusive com acesso a serviços públicos, além de uma possível cidadania.