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sexta-feira, setembro 26, 2025

Dadinho de Tapioca do Mocotó Faz 20 Anos e Ganha Versões de Chefs Estrelados

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Victor Affaro

Rodrigo Oliveira, o “pai” do dadinho de tapioca, vende 40 mil unidades do petisco por mês no Mocotó

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“Já parou pra pensar que você, seus filhos e seus netos vão morrer e o dadinho de tapioca vai continuar?”. A pergunta, feita por um amigo, fez o chef Rodrigo Oliveira refletir sobre o alcance de sua criação mais famosa. “Não costumo pensar muito na morte, mas isso me deu um estalo de ‘caramba, tem uma chance de o dadinho durar pra sempre’”, contou ele em entrevista à Forbes em 2023.

20 anos depois de seu surgimento, o petisco que nasceu de um tropeço na cozinha do Mocotó, em São Paulo, de fato parece ter ganhado vida própria, marcando presença de quiosques em Copacabana ao cardápio do estrelado restaurante Enigma, do chef espanhol Albert Adrià, em Barcelona. “Já soube de versões de dadinhos na Coreia do Sul, no Canadá e até na Austrália”, afirma o chef. 

Para celebrar as duas décadas do hit, Rodrigo quis inovar – mas não sozinho. Chamou outros quatro grandes nomes da gastronomia para criar sua própria versão do dadinho: o próprio Albert Adrià, Alessandra Montagne (Nosso e Tempero), Helena Rizzo (Maní) e Fred Caffarena (Make Hommus Not War). Cada chef escolheu três ingredientes de sua cozinha-assinatura para inspirar as novas versões, que ficarão em cartaz semanalmente, de 6 de outubro a 2 de novembro.

O resultado foi uma viagem por vários cantos do mundo. A primeira parada é na Espanha com a criação de Adrià: um dadinho de chorizo de porco e queijo manchego, finalizado com páprica e uma azeitona recheada. Brasileira radicada na França, Alessandra imaginou uma versão com trufa negra e queijo Comté, acompanhada de mel trufado agridoce e maionese de cebolinha. Já Helena Rizzo mergulha no Brasil com um dadinho de banana da terra e carne de sol confitada, coberto por um tartare de carne de sol e pimenta biquinho no mel de cacau. Por fim, Fred Caffarena explora o Oriente Médio em um dadinho com faláfel de grão de bico, servido com mutabal de couve-flor tostada, tahine e um toque de pimenta harissa.

Ricardo D’Angelo

As quatro versões comemorativas do dadinho, da esquerda: Alessandra Montagne, Helena Rizzo, Albert Adrià e Fred Caffarena

As versões comemorativas coroam uma história de sucesso que começou por acaso em 2004. Ao tentar preparar um bolinho de tapioca, Rodrigo se ausentou da cozinha e, na volta, encontrou a massa endurecida em uma placa. “Ia jogar no lixo, mas na hora me lembrei da polenta, que é espalhada na assadeira, cortada e frita. Testei e fiz um tijolinho frito. E deu certo”, relembra o chef. O formato de cubo veio logo depois, a pedido de uma amiga que queria mais crocância, e entrou oficialmente no cardápio em 2005. 

Hoje, o petisco vende mais de 40 mil unidades por mês só nas duas unidades do Mocotó, na Vila Medeiros e na Vila Leopoldina, em São Paulo. Sua versão congelada, em parceria com a startup mineira NUU, está em mais de 1.100 pontos pontos de venda desde 2023. 



[Fonte Original]

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