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Agentes do mercado ficaram atentos ao noticiário desta terça-feira (2), acompanhando o primeiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) pelo Superior Tribunal Federal (STF). Bolsonaro responde por golpe de Estado e seu processo foi usado como uma das justificativas para a tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Parte do mercado teme que isso gerar uma nova retaliação americana.
Na parte da manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou dados sobre a economia brasileira no segundo trimestre deste ano. Durante o período, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4% em relação aos três meses anteriores e 2,2% em comparação com o segundo trimestre de 2024, chegando a R$ 3,2 trilhões, recorde histórico.
Já no exterior, os temores fiscais com a economia americana ganharam força no dia. Na sexta-feira (29), um tribunal de recursos considerou ilegal a maioria das tarifas estabelecidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçando uma importante fonte de receita para o país.
A notícia agrava o cenário de tensão em relação à dívida dos EUA, que vem aumentando desde a aprovação de um projeto de lei de cortes de impostos pelo Congresso neste ano, o que tem levado membros do governo a defenderem as taxas de importação como uma forma de controlar os déficits por meio da arrecadação. Questões fiscais também pesaram na Europa, sobretudo no ambiente doméstico de França e Reino Unido.
No final da sessão, o dólar subiu 0,66%, cotado a R$ 5,4748. Já o Ibovespa seguiu o viés negativo de Wall Street, somando 140.335,16 pontos, um decréscimo de 0,67%. Na Bolsa de Nova York, os principais índices fecharam em baixa, com destaque para o Nasdaq, que teve queda de 0,82%, com 21.279,63 pontos.