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segunda-feira, setembro 15, 2025

Bitcoin à espera do Fed: analista define alvos de alta e baixa para o preço do BTC

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A ação de preço do Bitcoin segue sem direção definida no curto prazo, à espera da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), na próxima quarta-feira, 17 de setembro. Mesmo com um provável corte de 0,25% na taxa de juros dos EUA, a retomada da alta do Bitcoin não é garantida, alerta Arthur Driessen, analista da Crypto Investidor.

O enfraquecimento do mercado de trabalho e a inflação sob controle reforçam a percepção de que a redução nos juros já foi amplamente ‘precificada’ pelo mercado, segundo o boletim semanal da QR Asset Management:

“O Bitcoin, que vinha oscilando na faixa de US$ 111 mil a US$ 112 mil, rompeu resistências e encerrou o período acima de US$ 115 mil, consolidando uma recuperação consistente, ainda que abaixo da máxima histórica de agosto (~US$ 124 mil).”

No entanto, após confirmar uma alta de 3,7% no fechamento semanal, o preço do Bitcoin (BTC) abriu a semana em queda, negociado abaixo de US$ 115.000.

Gráfico de 1 hora BTC/USDT. Fonte: TradingView

À espera de novos catalisadores, as atenções de analistas e investidores estarão voltadas para a coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente do Banco Central dos EUA (Fed), imediatamente após a reunião do FOMC.

Espera-se que ele mantenha o tom de seu discurso no simpósio de Jackson Hole, sinalizando uma trajetória mais longa de flexibilização da política monetária nos EUA. Segundo a análise da QR Asset, as palavras de Powell serão particularmente relevantes para o mercado de criptomoedas:

“Historicamente, ativos digitais têm se mostrado altamente sensíveis aos ciclos de liquidez global. Assim, cortes consecutivos de juros tendem a funcionar como combustível para expansão da capitalização do setor, ainda que riscos regulatórios e geopolíticos continuem no radar.”

Apesar de os dados da FedWatch Tool apontarem 96% de chances de um corte de 0,25% e 4% de chances de uma redução de 0,5%, a reunião do FOMC pode configurar um evento de “comprar no boato, vender no fato”, trazendo volatilidade ao mercado no curto prazo.

“Ainda assim, o pano de fundo estrutural é de um ciclo de juros cadentes, o que favorece ativos de risco no médio e longo prazo”, conclui a análise.

Por sua vez, o boletim semanal da Binance Research destaca que o ouro e o S&P 500 atingiram novas máximas históricas na semana passada, e isso tende a ser positivo para o preço do Bitcoin. Ao longo do atual ciclo de alta, o Bitcoin tem mantido uma forte correlação com ambos os mercados, especialmente o ouro, como aponta a análise:

“Desde o verão de 2024, o ouro e o Bitcoin têm servido cada vez mais como proteção contra incertezas políticas e geopolíticas: ambos atuam como ‘instrumentos de armazenamento de valor sem necessidade de confiança’. Nossa análise de dados históricos revela que o ouro normalmente se antecipa ao Bitcoin em aproximadamente 10 semanas, criando um padrão de ralis alternados.”

Nesse caso, uma nova máxima histórica do Bitcoin poderia ocorrer entre o final de novembro e o princípio de dezembro, coincidindo, historicamente, com o período anual de melhor desempenho do mercado de criptomoedas.

“Se esse impulso [do ouro], como visto no ano passado, irá reverter para o mercado de criptomoedas, é algo que merece observação cuidadosa”, pondera a análise da Binance Research.

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Gráfico do Z-score do retorno de 3 meses do ouro e do Bitcoin. Fonte: Binance Research

Análise de preço do Bitcoin

Considerando que apenas o corte de juros pode não ser suficiente para impulsionar o Bitcoin, o analista Arthur Driessen traça dois cenários possíveis para o preço da criptomoeda no curto prazo.

A assertividade de Powell sobre a flexibilização da política monetária do Fed, somada a outros catalisadores positivos, pode fazer com que o Bitcoin volte a testar sua máxima histórica em US$ 124.000 (em vermelho no gráfico abaixo).

Em caso de rompimento, o próximo alvo de alta está projetado na região do US$ 156.000, afirma o analista, conforme o gráfico abaixo. Esse cenário se mantém válido desde que o Bitcoin não perca o atual suporte em US$ 107.000.

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Gráfico diário anotado BTC/USDT (Binance). Fonte: Crypto Investidor

Caso esse suporte seja rompido, o Bitcoin pode enfrentar uma correção mais ampla, buscando inicialmente a região entre US$ 98.000 e US$ 100.000. Se o preço não se sustentar nesses níveis, a próxima região de suporte encontra-se na faixa de US$ 91.000 a US$ 93.000 (em verde no gráfico acima), afirma Driessen.

Uma queda até esses patamares sinalizaria uma reversão para tendência de baixa, abrindo espaço para correções ainda mais acentuadas, conclui o analista.

Conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil, um indicador baseado no Google Trends tem se mostrado bastante preciso na antecipação dos topos do Bitcoin no atual ciclo de alta.

Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.

[Fonte Original]

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