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sábado, setembro 6, 2025

Criptomoedas, crime e ostentação: a história do “criptoboy” revelada pela Piauí

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Recém chegada às bancas, a edição de setembro da revista piaui traz uma reportagem que mexeu com o setor cripto do Brasil: um retrato de como um grupo de jovens empresários, apelidados de “criptoboys” lavaram bilhões de reais usando criptomoedas. Entre os clientes, estão as máfias italiana e albanesa, o PCC e o grupo terrorista Hezbollah e o total de dinheiro envolvido nos crimes foi de R$ 19,4 bilhões.

O personagem principal da matéria é Dante Felipini, que não por acaso cursou Direito e teve como trabalho de conclusão de curso um estudo sobre como as criptomoedas poderiam ser utilizadas para a lavagem de dinheiro. Após começar a fazer trabalhos informais de remessa e lavagem de dinheiro usando cripto para empresários usando a conta sua pessoal, Felipini abriu em 2017 a empresa Makes Exchange e profissionalizou sua operação.

Felipini passou a receber milhões de reais de comerciantes chineses, muitas vezes em espećie, com a missão de fazer esse dinheiro chegar ao país asiático sem pagar tributos no Brasil. Ele então convertia esses valores em criptomoedas e enviava os valores sem precisar passar pelo sistem bancário.

Porém, a operação ficou muito grande e Felipini passou a usar a estrutura já montada por José Eduardo Froes Júnior, que era considerado uma dos maiores operadores de criptomoedas do Brasil por meio da empresa One World Services, que tem sede nos Estados Unidos uma subsidiário em Campinas.

Froes fazia o sistema “OTC”, sigla em inglês para “over the counter” (“sobre o balcão”, em português), que é quando uma operação de compra e venda é feita fora das plataformas. O empresário passou a ser procurado por diversos grupos criminosos e enviou R$ 8 bilhões ao exterior dessa forma entre 2017 e 2021, com a ajuda de seus irmãos Adriano, Luciano e Renato Froes.

Entre o dinheiro operado por Froes, estavam valores de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó do Bitcoin e criador da GAS Consultoria.

A One World Services passou a ser utilizada por operadores menores. Nesse momento, Dante Felipini, por meio da Maker Exchange, enviou R$ 163 milhões para a empresa de José Eduardo Froes Júnior. Após um tempo, Felipini passou a fazer as operações sozinho e chegou a ter 20 funcionários.

A revista também apontas que as autoridades identificaram que os paulistanos Vinicius Zampieri Marinho e Bruno Kioshi Tomo Tashira também tinham operações de lavagem de dinheiro com cripto ofetando serviços OTC. Outro personagem citado é Jhonny Rich Sales dos Santos, que foi investigado por um tempo pela Polícia Civil.

Foi por meio da investigação contra Santos que as autgoridades chegaram em sua ex-funcionária Jéssica Castro. Ela decidiu operar por conta própria e enviou R$ 2,6 bilhões em operações suspeita segundo o Coaf.

A reportagem aponta que existem indícios de que os bancos Genial, Master e Santander, utilizados por Felipini para algumas das etapas, tinham conhecimento de que se tratava de uma operação de lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal pediu a prisão de Froes e seus irmãos, mas a Justiça Federal negou. José Froes disse que mantinha um sistema de compliance e que chegou a recusar clientes que não se enquadravam em seus parâmetros éticos.

Já Felipini foi preso no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto tentava embarcar para Dubai. Ele se tornou réu em processos por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, associação criminosa e ligação com terrorismo. Ele está preso na Penitenciária 2 de Tremembé e sua defesa preferiu não se manifestar na reportagem da piauí.

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[Fonte Original]

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