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sexta-feira, setembro 19, 2025

Nubank quer ser o primeiro banco do Brasil a integrar stablecoins em cartões de crédito

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Principais pontos

  • Nubank testa integração de stablecoins em cartões de crédito, segundo Roberto Campos Neto.

  • Adoção de stablecoins já representa 90% das transações cripto no Brasil.

  • Banco digital busca unir ativos tokenizados e concessão de crédito em escala global.

O Nubank prepara um novo passo na integração entre finanças tradicionais e o universo cripto.

O maior banco digital da América Latina trabalha para incluir stablecoins atreladas ao dólar em seus cartões de crédito, criando uma ponte entre blockchain e serviços bancários de massa.

A informação foi confirmada pelo vice-presidente do banco, Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, durante o evento Meridian 2025, que reuniu especialistas em inovação financeira.

Segundo Campos Neto, a ideia é permitir pagamentos em stablecoins diretamente com o cartão Nubank, começando com um programa de testes.

Ele destacou que o grande desafio do setor bancário é encontrar mecanismos para aceitar depósitos em formatos tokenizados e, a partir disso, usar esses ativos digitais como base para a concessão de crédito.

A proposta vai além de simples pagamentos: busca criar um sistema em que o dinheiro digital conviva de forma plena com o crédito tradicional.

O executivo apontou ainda uma mudança de comportamento dos usuários.

“Os dados mostram que as pessoas não compram cripto para transacionar, mas para guardar valor”, disse Campos Neto.

Para ele, entender esse fenômeno é essencial, já que a demanda por ativos digitais não decorre apenas de especulação, mas também de um cenário de incerteza econômica, em que muitos veem nas stablecoins uma alternativa mais estável que moedas locais.

Nubank e stablecoins

O movimento do Nubank não acontece por acaso. A adoção de stablecoins cresce rapidamente na América Latina, especialmente no Brasil, Argentina e Venezuela. Só no Brasil, segundo o presidente do Banco Central, 90% das operações de cripto em 2024 estavam ligadas a stablecoins, usadas para proteger patrimônio da desvalorização do real.

Na Argentina, com inflação anual acima de 100%, ativos como USDT e USDC responderam juntos por mais de 70% das compras de criptomoedas em 2024, segundo a exchange Bitso. Na Venezuela, o uso também disparou: stablecoins chegaram a representar 47% das transações de cripto abaixo de US$ 10 mil, segundo dados da Chainalysis.

O Nubank já vinha ampliando sua presença no setor. Desde 2022, quando anunciou a compra de 1% de seu patrimônio líquido em Bitcoin e lançou a negociação de cripto no aplicativo, a instituição vem testando diferentes modelos de oferta. Em março de 2025, adicionou Cardano (ADA), Cosmos (ATOM), Near Protocol (NEAR) e Algorand (ALGO) à sua prateleira digital, expandindo o acesso dos clientes a novas alternativas de investimento.

[Fonte Original]

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