22.5 C
Brasília
sábado, setembro 20, 2025

Dúvida sobre morte de Odete, bolão, torcida pela banana de Marco Aurélio… As expectativas de atores na reta final de ‘Vale tudo’

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

Alexandre Nero espera que Marco Aurélio dê a famosa banana para o Brasil em ‘Vale tudo’. O intérprete do vilão que o Brasil aprendeu a amar torce para o icônico gesto feito pelo ator Reginaldo Faria na versão original da novela, em 1988, esteja nas cenas escritas pela autora do remake, Manuela Dias.

– Espero que ele faça a banana, sim. É outra novela, né? A Manuela Dias está com novidades, o que talvez seja um dos motivos do sucesso. As pessoas querem ver o que vai acontecer. Será que Odete vai morrer mesmo? Até isso eu já estou duvidando. Então, esse negócio da banana fica até pequeno. Mas o gesto é extremamente atual. O tanto de gente pilantra, bando de canalha dando banana para o Brasil o tempo inteiro… A gente fica divagando: será que Leila é quem vai dar a banana e passar a perna no Marco Aurélio? Será que ele vai escorregar na casa de banana?

Intérprete da alcoolista Heleninha, Paolla disse que estranhou quando leu no roteiro, mas ‘shippa’ o casal Heleninha e Renato (João Vicente de Castro).

– Foi inusitado. A gente fez “eita, e agora?” Na versão original, tinha um novo par, que era do AA. Gosto de que, já que se pensa numa vida nova, que se tenha um par novo, um caminho a ser descoberto juntos. Mas vou contar uma coisa que não contei: minha avó foi uma visionária. A primeira cena que fiz foi com o Renato, e ele botou a mãozinha assim em cima da dela, e minha avó disse: “A única pessoa que gosta da Heleninha, minha filha, é o Renato”. Mas achai bonito a gente estar construindo por esse lado. De eles já se conhecerem, terem um amor mais tranquilo. Renato precisa assentar, não dá certo com ninguém, é avesso a se pegar. E ela que é afoita, muito apaixonada, entregue. Os dois conseguirem se encontrar num lugar de tranquilidade, uma sintonia madura. Eles começam a falar sobre esse romance que existiu lá atrás, como uma molecagem escondida dos Roitman. Agora se encontram num lugar de muito apoio. Eu shippo!

Paolla quer um bolão entre o elenco para apostar em quem matou Odete Roitman.

– Tô querendo puxar. Eu falo todo dia: “Gente, vamos criar esse bolão. Como é que vai ser. A gente junta dinheiro. A gente faz uma doação. Mas a gente tem que ter esse bolão!”. Porque só se fala disso, né. Total. E a mulher nem morreu ainda.

De acordo com pesquisa do Datafolha divulgada na última terça-feira (18), Odete Roitman, a vilã da ‘Vale tudo’, não deveria ser morta. O público que assiste ao remake da novela desaprova a morte da empresária, vivida brilhantemente por Debora Bloch. Os dados apontam que mais de 80% das pessoas consultadas entendem que ela, sim, deveria ser punida, mas a forma da punição deveria ser a miséria ou a cadeia e não um caixão.

Em entrevista ao GLOBO, Débora Bloch comentou sobre o fato de Odete ter caído nas graças do público. Segundo ela, o fato de a personagem ter conseguido transformar haters em fãs diz muito sobre o Brasil de 2025.

– As pessoas saíram do armário, é assustador. É curioso que estejam dizendo em tom de brincadeira “estou concordando com a Odete, será que sou uma pessoa horrorosa?”. Odete não frequenta a rua, não tem empatia nenhuma, é dona de um pensamento que está vivo, cada vez mais. Não à toa, Trump está eleito, Elon Musk está no governo. O economista Adam Smith, no século XVII, já falava do fascínio que ricos e poderosos exercem nas pessoas. E como a invisibilidade, o desprezo pelos necessitados são uma realidade. A gente tem pouca consciência do bem-estar coletivo sem se dar conta que isso nos diz respeito. É bom que pensemos sobre isso.

Débora não consegue ver Odete como inspiradora – nem mesmo no lugar de mulher no poder.

– Odete representa um pensamento que abomino. É a representação de uma herança colonial, escravagista, de uma elite que não se compromete com o país, que o despreza. É preconceituosa, classista, racista, acredita na meritocracia.

A atriz analisou ainda o fascínio da sociedade pelos vilões e afirmou

– Os vilões sempre exerceram fascínio no público, que gosta de assistir à maldade, à crueldade na ficção. Jung (psiquiatra e psicoterapeuta suíço) já falou que eles ativam os arquétipos do inconsciente coletivo, e aí mexem no indivíduo, no nosso lado mais sombrio. Só que na ficção, você pode se identificar, sem a condenação social e moral. Vilões provocam essa catarse com esse lado que não podemos exercer na vida. Odete, Carminha, Nazaré… – afirmou a atriz.

Taís Araújo, que chegou a manifestar um descontentamento com os rumos que sua personagem , Raquel, estava tomando no remake. Ela se referia ao fato de a personagem não conseguir ascender profissionalmente de vez e ter que voltar a vender sanduiche na praia.

Em entrevista ao GLOBO, a atriz falou sobre a importância de apresentar outras narrativas sobre a população preta:

– É lindo construir outra narrativa hoje. Quem construiu essa narrativa deturpada da população preta, LGBTQIAPN+ e outras à margem do centro e do poder foi o jornalismo, telejornalismo, a publicidade e a teledramaturgia. Sobretudo, essa última, que é quem conta a história de um país, é a identidade brasileira. Durante muito tempo, a população negra só era vista como a mazela do país, desde que foi trazida sequestrada, escravizada. Óbvio que tem um valor comercial gigantesco por trás disso. Mas é um valor a ser respeitado como consumidor no mundo capitalista. É nossa responsabilidade reconstruir a narrativa. E isso está rolando.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img