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sábado, setembro 6, 2025

Ilusão de ótica: 80% conseguem ver o efeito e têm até alteração na pupila. E você?

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Por que algumas pessoas percebem certas ilusões de ótica e outras não? Pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, tentam decifrar essa questão usando a imagem do “buraco em expansão”.

De acordo com psicólogos, 20% das pessoas não conseguem experimentar o efeito completo da ilusão de ótica e ainda não se sabe o porquê. Observe a imagem abaixo por alguns segundos:

Você vê algum efeito? — Foto: Reprodução

A ilusão de ótica consiste em um fundo branco com pontos pretos, no centro do qual há um buraco negro nebuloso. Se você olhar atentamente para a mancha preta, deve ter percebido a forma se expandindo.

Os pesquisadores noruegueses descobriram que a ilusão do “buraco em expansão” é tão eficaz em enganar nosso cérebro que faz com que as pupilas de muitas pessoas se dilatem para deixar entrar mais luz, exatamente como aconteceria se estivéssemos realmente nos movendo para uma área escura.

O experimento, publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, também avaliou o que acontece quando o “buraco” era colorido em vez de preto. Nesses casos, as pupilas se contraíam como se o olho estivesse se adaptando a uma luz mais brilhante.

“O ‘buraco em expansão’ é uma ilusão altamente dinâmica: a mancha circular ou gradiente de sombra do buraco negro central evoca uma impressão marcante de fluxo óptico, como se o observador estivesse se dirigindo para um buraco ou túnel”, afirmou Bruno Laeng, professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Oslo e autor principal do estudo, em um comunicado.

A equipe mostrou a imagem do “buraco em expansão” a 50 pessoas com visão normal e pediu que avaliassem a intensidade da percepção da ilusão. Enquanto isso, os pesquisadores mediram os movimentos dos olhos, bem como as contrações e dilatações inconscientes de suas pupilas.

Os pesquisadores não sabem ao certo o porquê, mas nem todos os participantes foram capazes de perceber a ilusão. Cerca de 14% dos participantes não perceberam nenhuma expansão ilusória quando o buraco era preto, enquanto 20% não sabiam se o buraco era colorido.

Além disso, quanto mais fortes os indivíduos avaliavam a intensidade da ilusão, mais o diâmetro de suas pupilas tendia a mudar. Aqueles que não perceberam a ilusão não apresentaram nenhuma alteração na pupila.

O estudo, afirmam os pesquisadores, de fato esclareceu como o cérebro e os olhos respondem à estimulação visual.

“Nossos resultados mostram que o reflexo de dilatação ou contração das pupilas não é um mecanismo de circuito fechado, como uma fotocélula abrindo uma porta, imune a qualquer outra informação além da quantidade real de luz que estimula o fotorreceptor. Em vez disso, o olho se ajusta à luz percebida e até mesmo imaginada, não apenas à energia física. Estudos futuros podem revelar outros tipos de mudanças fisiológicas ou corporais que podem ‘esclarecer’ o funcionamento das ilusões”, concluiu Laeng.

[Fonte Original]

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