Na prática, a luz branca funcionaria como um guia para os motoristas humanos. Quando acesa, bastaria seguir o fluxo dos carros autônomos à frente, que se comunicam entre si e com os computadores do sistema viário. Essa espécie de coordenação coletiva permitiria otimizar cruzamentos, reduzir congestionamentos e aumentar a segurança nas vias.
A pesquisa também aponta que os efeitos positivos crescem conforme o número de veículos autônomos aumenta. Com apenas 10% deles na via, os atrasos caíram 3%. Com 30%, a redução passou de 10%. A luz branca, vale dizer, poderia até ser de outra cor — o que importa é a função de avisar aos motoristas quando deixar os robôs assumirem a dianteira.
E o sinal verde?
Luz verde continuaria valendo para os motoristas humanos, mas sempre depois da fase branca, para garantir que carros convencionais se mantenham atrás dos autônomos. Isso evita interferências na comunicação entre as máquinas e mantém o fluxo estável.
O sistema ainda conta com redundâncias: se houver falhas na comunicação entre veículos e semáforos, a chamada “computação distribuída” garantiria que o trânsito não travasse. Em outras palavras, o semáforo de quatro luzes não é apenas um detalhe a mais no cruzamento — ele pode ser a chave para um trânsito mais rápido, seguro e inteligente em um futuro não muito distante.
*Com informações de reportagem publicada em 01/03/2023