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domingo, novembro 2, 2025

Furacão Melissa deixa rastro de destruição e mortes no Caribe

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O furacão Melissa, de categoria 5, com ventos de até 280 km por hora, atingiu com força várias ilhas do Caribe, incluindo Jamaica, Cuba, Haiti, República Dominicana e Bahamas, causando danos extensos em infraestruturas essenciais.

Essa é considerada uma das tempestades mais intensas do século e provocou inundações generalizadas, deslizamentos de terra e mortes.

“Uma das tempestades mais destrutivas já registradas”

A ONU ativou uma resposta humanitária de grande escala, combinando apoio logístico, ajuda financeira e coordenação entre agências.

Em declaração nesta quarta-feira, o secretário-geral, António Guterres, reafirmou o compromisso da ONU com os governos e populações afetadas.

Ele expressou “profunda preocupação” com a escala dos impactos do furacão, que devastou partes da Jamaica antes de seguir para Cuba, Bahamas, República Dominicana e Haiti.

Descrevendo o desastre como “uma das tempestades mais destrutivas já registradas”, Guterres enviou condolências às famílias das vítimas e desejou rápida recuperação aos feridos.

O líder da ONU sublinhou que a prioridade é salvar vidas e garantir o acesso humanitário a todas as comunidades atingidas. Neste momento, diversas equipes da organização estão avaliando necessidades, apoiando evacuações e distribuindo assistência de emergência.

Uma imagem de satélite mostra o furacão Melissa atingindo a costa perto de New Hope, no oeste da Jamaica

Impacto na Jamaica

O coordenador residente da ONU na Jamaica, Dennis Zulu, descreveu o impacto do furacão Melissa como uma “devastação sem precedentes”, com infraestruturas, energia e comunicações severamente danificadas em todo o país.

Segundo ele, cerca de um milhão de pessoas foram diretamente afetadas, embora “todos sintam as consequências”.

A ONU está trabalhando em conjunto com o Governo jamaicano e parceiros humanitários numa resposta imediata, centrada em água, alimentos e assistência essencial, com suprimentos e especialistas enviados a partir de Barbados.

Zulu destacou que equipes já estão no terreno, apesar das dificuldades de acesso e falta de eletricidade, e que o aeroporto de Kingston deve reabrir em breve para facilitar o envio de ajuda.

Segundo o coordenador, até ao momento, há três mortes confirmadas e alguns feridos, mas o alcance total dos danos ainda está a ser avaliado com apoio de drones e imagens de satélite. Zulu alertou que o principal desafio será o financiamento da recuperação, sobretudo nos setores da agricultura e turismo, gravemente afetados.

Cuba e Haiti: evacuações em massa em curso

Após atingir a Jamaica, o furacão chegou em Cuba. As autoridades cubanas planejam levar cerca de meio milhão de pessoas para zonas seguras. O presidente Miguel Díaz-Canel garantiu que “nenhum cidadão será deixado para trás”.

No Haiti, os departamentos do Sul e Grand’Anse permanecem sob alerta vermelho, com mais de 3,6 mil pessoas já abrigadas em centros de emergência apoiados pela, Organização Internacional para Migrações, OIM.

Em paralelo, o Programa Mundial de Alimentos, WFP, pré-posicionou mais de 800 toneladas de alimentos para atender 86 mil pessoas, e o Fundo das Nações Unidas pçara Infância, Unicef, mobilizou kits de higiene e nutrição para milhares de famílias e crianças.

Alimentos estão sendo embalados para distribuição às pessoas afetadas pelo furacão Melissa na Jamaica.

Alimentos estão sendo embalados para distribuição às pessoas afetadas pelo furacão Melissa na Jamaica.

Alarme internacional

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, “centenas de milhares de pessoas estão em risco imediato”, e os danos generalizados poderão isolar comunidades por dias ou semanas.

O WFP lidera uma operação logística marítima a partir de Barbados, transportando alimentos, kits de emergência e suprimentos médicos de outras agências da ONU.

Paralelamente, um envio aéreo de 2 mil kits de ajuda humanitária será realizado assim que as condições meteorológicas permitirem.

Importância da solidariedade internacional

Especialistas alertam que o impacto de Melissa poderá anular anos de progresso económico em ilhas altamente dependentes do turismo, expondo a vulnerabilidade da região às mudanças climáticas.

O secretário-geral sublinhou que “a solidariedade internacional deve ser tão forte quanto os ventos de destruição” e reiterou o compromisso da ONU em apoiar os países caribenhos “a reconstruir com resiliência, dignidade e esperança”.

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EleEle anunciou que o Fundo Central de Resposta a Emergências da ONU destinou US$ 4 milhões para o Haiti e outros US$ 4 milhões para Cuba, como parte de um programa de ação antecipada.

O objetivo é reduzir o impacto da tempestade e apoiar comunidades vulneráveis antes e após a passagem do furacão.

[Fonte Original]

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