Quem costuma comprar em sites internacionais como Shopee, AliExpress, Shein ou Mercado Livre precisa redobrar a atenção. Um novo golpe tem circulado em massa nos últimos dias e promete liberar encomendas “presas na alfândega” mediante o pagamento de uma taxa de R$ 57. A fraude usa o nome dos Correios para enganar consumidores e já fez milhares de vítimas em todo o país.
Os golpistas enviam mensagens por WhatsApp, SMS ou e-mail com o logotipo dos Correios, o nome completo do comprador e, às vezes, até o endereço correto. O texto informa que a encomenda está “retida” e só será entregue após o pagamento de uma taxa alfandegária. Tudo parece real, mas o problema começa quando a pessoa clica no link.
A página falsa leva o consumidor a um site que imita o oficial dos Correios e exibe uma mensagem de “taxa pendente”. O valor gira em torno de R$ 57,65, e o golpe se completa quando a vítima insere dados pessoais, como CPF, endereço e número do cartão. Assim, além de perder dinheiro, ela entrega informações valiosas para criminosos que usam esses dados em novos golpes.
Entenda como o golpe se espalha tão rápido
O golpe se espalha com facilidade porque segue um roteiro bem pensado. Tudo começa com uma compra comum em sites internacionais. Poucos dias depois, o comprador recebe uma mensagem dizendo que o pacote foi barrado na alfândega. O texto cria senso de urgência, usa expressões como “liberação imediata” e convence muita gente a pagar sem pensar duas vezes.
As páginas falsas reproduzem fielmente o visual do site dos Correios, o que aumenta a confusão. Em muitos casos, os criminosos registram domínios parecidos, como “consultancomenda.com” ou “minhas-importacoes-correios.info”, para parecer oficiais. Após o clique, o golpe já começa: a vítima faz o pagamento e nunca mais vê o dinheiro ou a encomenda.
Esse tipo de fraude, conhecido como phishing, existe há anos, mas ganhou força com o aumento das compras internacionais e com a popularização das promoções em plataformas estrangeiras. Quanto mais gente compra fora, mais alvos os criminosos encontram.
Correios alertam e explicam como identificar mensagens falsas
Os Correios reforçam que qualquer cobrança legítima só acontece dentro do ambiente “Minhas Importações”, acessado diretamente pelo site ou pelo aplicativo oficial. Nenhuma cobrança chega por e-mail, SMS ou WhatsApp com link para pagamento.
Outro detalhe essencial é o domínio do e-mail. As mensagens oficiais dos Correios terminam sempre em @correios.com.br. Qualquer endereço diferente indica golpe. O consumidor também pode conferir o status da compra no rastreamento do site oficial, sem precisar clicar em links externos.
A empresa lembra ainda que as lojas parceiras do programa Remessa Conforme, como Shopee, AliExpress e Shein, já cobram impostos na hora da compra. Por isso, o produto chega ao Brasil sem taxas extras. Se ainda houver tributos, o cliente visualiza o valor direto no rastreamento, dentro do ambiente oficial dos Correios.
Dicas para se proteger e não cair na armadilha
- Evitar esse golpe é simples, mas exige atenção. O primeiro passo é sempre verificar o remetente. Se o e-mail não terminar com @correios.com.br, desconfie imediatamente.
- Também é importante evitar clicar em links recebidos por mensagem. Prefira acessar o site oficial dos Correios ou o aplicativo “Correios Celular”. Lá, é possível consultar o rastreamento real da encomenda e visualizar qualquer cobrança de forma segura.
- Outra recomendação é não se deixar pressionar. Mensagens que apelam para a urgência: “pague agora”, “sua entrega será cancelada”, são típicas de golpes. Mantenha o antivírus atualizado e denuncie mensagens suspeitas como phishing no seu provedor.
- Em caso de dúvida, o consumidor pode entrar em contato pelos canais oficiais: 3003-0100 para capitais e regiões metropolitanas ou 0800 725 7282 para as demais localidades.