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sexta-feira, outubro 31, 2025

Dólar à vista fecha em alta hoje com postura mais conservadora do Fed

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O dólar à vista encerrou as negociações desta quinta-feira em alta, acompanhando a dinâmica global da moeda americana, em meio a ajustes de posição dos investidores por conta do viés mais conservador do Federal Reserve (Fed), indicando menores chances de corte de juros nos Estados Unidos em dezembro. O movimento acabou se sobrepondo a qualquer otimismo relativo ao alívio na percepção de risco comercial entre China e EUA, após o encontro de Donald Trump e Xi Jinping.

Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou valorização de 0,42%, cotado a R$ 5,3804, depois de bater na mínima de R$ 5,3666 e de ter encostado na máxima de R$ 5,3955. Já o euro comercial registrou apreciação de 0,26%, a R$ 6,2217. Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,31%, aos 99,529 pontos.

Desde o começo do pregão de hoje o dólar exibiu apreciação global, em um ajuste tardio do tom mais cauteloso do Fed ontem. Durante a coletiva de imprensa após a decisão de política monetária, Jerome Powell destacou o dissenso dentro do colegiado que vota o nível dos Fed funds e enfatizou que o resultado da próxima reunião, em dezembro, permanece em aberto.

O banco ING diz, em nota, que ao perceber que a taxa básica de juros americana não estava em uma trajetória rumo à faixa de 3,00% e 3,25%, os investidores passaram a comprar títulos de curto prazo dos EUA, o que levou a um achatamento da curva. “Esse movimento foi sentido principalmente nas moedas de baixo rendimento, como o franco suíço e o iene japonês, enquanto as moedas ligadas a commodities ficaram um pouco mais protegidas, sustentadas pela melhora nas relações comerciais entre EUA e China”, diz o chefe global de mercados do banco, Chris Turner. “O adiamento por um ano dos controles de exportação chineses sobre terras raras foi visto como uma grande vitória para as cadeias globais de suprimentos.”

De fato, pela manhã, moedas de países desenvolvidos eram as que mais depreciavam frente ao dólar, mas, no fim das negociações do mercado local, o quadro global era diferente: o iene se mantinha como uma das moedas mais desvalorizadas do dia, mas seguido pelo rand sul-africano, pelo won sul-coreano, pelo zloty plonês e pelo real.

Na leitura de um gestor de moedas, o mercado estava com muitas posições vendidas em dólar (aposta na desvalorização da moeda americana), e os cortes dos juros nos EUA eram o motivo que justificava parte dessas posições. “Até acredito que o Fed vai cortar as taxas em dezembro, mas também acho razoável o mercado ajustar a taxa terminal um pouco mais pra cima, porque o mercado tinha no preço algo abaixo de 3% e agora está em 3,1%”, diz o profissional, na condição de anonimato.

[Fonte Original]

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