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terça-feira, outubro 28, 2025

Exploração de novas reservas pode ser fundamental para combater pobreza energética, dizem especialistas

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A ampliação do acesso à energia, em qualidade e em quantidade, no Brasil é parte fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do país — e isso inclui exploração de novas reservas, ponderaram especialistas durante evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (27).

A gerente-geral de licenciamento ambiental e meio ambiente da Petrobras, Daniele Lomba, ressaltou que, sem a incorporação de novas reservas, o Brasil se tornará importador a partir de meados da próxima década. Na avaliação dela, a Margem Equatorial Brasileira (MEQ) é a grande oportunidade que vai proporcionar a segurança energética e ampliação do acesso à energia.

De acordo com um estudo citado pela executiva, um dos possíveis impactos da produção nos Estados que compõem a região da MEQ, considerando a experiência do país vizinho, Guiana, com 700 mil barris por dia, poderia adicionar R$ 419 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB). Além também do potencial de gerar 2,1 milhões de empregos formais, R$ 25 bilhões de acréscimos de tributos e R$ 20 bilhões de royalties e participações especiais, acrescentou.

“A importância de a gente pesquisá-la, em relação à segurança energética, é que essa área das cinco bacias que vai do Rio Grande do Norte até o Amapá é maior, e ainda inexplorado, do que as bacias do Sudeste, Campos, Santos e Espírito Santo.”

A gerente defendeu que a demanda por fósseis vai continuar aquecida até 2050, e que combustíveis fósseis vão coexistir com as fontes renováveis em uma economia de baixo carbono.

A expectativa da executiva é de que as novas reservas resultem em desenvolvimento socioeconômico no país: “As novas fronteiras são essenciais para garantir segurança energética e para ampliação do acesso à energia, redução da pobreza energética”, disse. “A MEQ é uma das nossas últimas fronteiras de petróleo no país, então temos uma grande expectativa de que ela vai se reverter em muito óleo e muito desenvolvimento social e econômico para o país”, complementou.

Também no evento, a superintendente de estudos econômicos e energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Carla Achão, disse que a pobreza energética é multidimensional e que, em seu entendimento, sua erradicação vai além de metas de agendas ambientais. Ela ressaltou que no estudo do projeto “Tecendo Conexões”, publicado este ano, em locais onde as despesas são maiores com energia, como no Norte e Nordeste, são Estados com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

Na mesma linha, o gerente-executivo de programas estratégicos da Petrobras, Wagner Victer, disse aos jornalistas após o evento que na exploração na Margem Equatorial é um movimento que pode contribuir para gerar riqueza em uma das regiões mais carente do país, o Norte brasileiro.

Para ele, a solução é que Estados e municípios criem fundo para desenvolver projetos locais de energia, meio ambiente, saneamento e preservação florestal. Como solução, ele sugeriu o modelo do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), que financia projetos ambientais e para o desenvolvimento urbano no Rio de Janeiro, com recursos de royalties de petróleo.

— Foto: Rich Press/Bloomberg

[Fonte Original]

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