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sábado, novembro 1, 2025

Juros futuros têm forte queda e apagam estresse da véspera

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Os juros futuros fecharam o pregão desta sexta-feira (31) em queda forte e próximos das mínimas intradiárias, após um amplo movimento aplicador (que aposta na queda das taxas) tomar conta do mercado de taxas prefixadas durante a tarde.

Sem razão aparente para a mudança, o movimento teve caráter técnico, à medida que os investidores se posicionam para a decisão do Copom na semana que vem, aproveitando as taxas mais elevadas após três sessões seguidas de alta.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2027 caiu de 13,925%, do ajuste anterior, para 13,845%; a do DI de janeiro de 2029 cedeu de 13,205% a 13,075%; e a do DI de janeiro de 2031 foi de 13,48% a 13,36%.

Com o movimento de hoje, à exceção das taxas de curto prazo, os juros futuros apagaram o avanço firme observado no pregão da véspera. Movimento similar também ocorreu no mercado de NTN-B (títulos atrelados à inflação), onde os juros reais exibiram uma forte descompressão de risco, em especial nos vértices de curto prazo. A taxa da NTN-B com vencimento em maio de 2027, por exemplo, recuava de 8,81% para 8,73%, no fim da tarde.

Embora o ritmo tenha se intensificado à tarde, os mercados de juros apresentaram uma distensão das taxas durante todo o pregão, apoiados não apenas por uma correção após três dias consecutivos de avanço dos rendimentos, mas também por novos dados do mercado de trabalho.

Após a surpresa com a forte geração de vagas no Caged de setembro, a manutenção da taxa de desemprego em 5,6% no terceiro trimestre tirou do caminho o que poderia ser mais um fator de pressão sobre os DIs hoje. O resultado ficou acima da mediana das expectativas coletadas pelo VALOR DATA, que apontava queda a 5,5%. Além disso, a taxa de desocupação ajustada sazonalmente subiu para 5,8% em setembro e, assim, saiu das mínimas históricas, conforme destaca o economista Leonardo Costa, do ASA.

“A Pnad de setembro teve resultado mais fraco na margem, com nova queda da população ocupada e elevação da taxa de desemprego. Seguimos na aposta de desaceleração gradual da atividade doméstica. Diferente do Caged, a Pnad tem registrado menos volatilidade e bastante moderação na desaceleração”, diz ele em comentário.

Já Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, avalia que, embora os dados da Pnad ainda sugiram resiliência do mercado de trabalho, um “princípio de enfraquecimento” já pode ser observado. “Em nossa avaliação, o mercado de trabalho está em linha com o esperado, porque este é o último segmento a reagir à política monetária. Assim, mantemos a projeção de desaceleração da atividade a partir do segundo semestre e reiteramos nossa expectativa de espaço para início do ciclo de cortes na Selic em dezembro de 2025, com taxa terminal de 14,50% ao final do ano.”

Com o alívio gerado pela estabilização da taxa de desemprego, na contramão do Caged divulgado ontem, os investidores aproveitaram para novamente aumentar a exposição aos mercados de juros. Na semana que vem, o BC deve manter a Selic no patamar de 15%, mas alguns participantes do mercado já apostam em alguma moderação do discurso do Copom, uma vez que o processo de melhora da composição da inflação e queda das expectativas se aprofundou desde a última reunião do colegiado, em setembro.

— Foto: RDNE/Pexels

[Fonte Original]

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