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quinta-feira, outubro 16, 2025

Motta vê tentativa do governo de repactuar relação com o Congresso

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), disse, em entrevista ao programa da Miriam Leitão, na “GloboNews”, que vê as demissões de ocupantes de cargos no Executivo indicados por partidos da base que não vêm votando com o governo como uma tentativa do governo de repactuar a relação com os partidos e espera que o governo acerte na dose.

“Nem sempre gestos que representam ruptura ajudam, eles elevam a tensão. Na remontagem, ele deve trazer para junto do governo os parlamentares que possam ajudar na agenda do governo”, afirmou.

O presidente da Câmara ressaltou que também tem atrapalhado o relacionamento com a Câmara a questão da execução orçamentária. Segundo ele, desde o atraso no ano passado da aprovação do Orçamento, por causa de decisões do Supremo, muitos municípios acabaram penalizados por causa do atraso na liberação das emenda parlamentares.

“A cobrança dos gestores [prefeitos] é muito grande. A execução está mais lenta e há maior burocracia. Isso tudo tem atrapalhado a governabilidade. O ajuste tem que se dar não só no espaço, mas também fortemente na questão das emendas parlamentares.”

Quanto à declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da necessidade de se cortar R$ 7 bilhões em emendas parlamentares em razão da não aprovação da Medida Provisória 1.303, que trata da tributação das bets e fintechs, Motta disse que é possível se discutir isso sem “tirar pedaço de ninguém e defende que essas emendas são importantes e que pretende alinhar isso na conversa com o presidente”.

Sobre as vaias que recebeu no Rio de Janeiro durante evento com professores nesta quarta-feira, que isso é fruto da polarização política que vive o país, e ele, como presidente da Câmara, tem a responsabilidade “de enfrentar os temas que são necessários ao país”.

Ele atribuiu as manifestações a uma minoria e que é natural da democracia que isso aconteça. Motta disse que, apesar desse clima, a Câmara tem aprovado pautas importantes, como as de ontem relacionadas è Educação. “E foi por isso que aceitei o convite do presidente Lula de comparecer a esse evento com os professores no Rio de Janeiro.”

Sobre as críticas de Lula, que disse que tem um Congresso de baixo nível, Motta disse que vários parlamentares também criticam o governo de forma veemente e as críticas saem do tom em vários episódios, já que Lula é de um partido de esquerda e a Câmara tem uma direita numerosa. “Eu penso que essa crítica do presidente foi mais para a extrema direita no Congresso e não generalizadamente, por foi esse Congresso que aprovou praticamente tudo que o governo enviou.”

Motta disse que conversou na viagem de volta com o presidente a Brasília e lhe falou na necessidade de requalificar a relação entre Executivo e Legislativo, assunto que, disse, vai ser retomado futuramente em uma conversa pessoal com Lula. “Temos de equalizar essa relação e a blindar, para que seja uma relação que trate da governabilidade”, afirmou o presidente da Câmara.

[Fonte Original]

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