Dois possíveis futuros para a inteligência artificial (IA) têm sido amplamente discutidos: a era da abundância e a era da desigualdade e instabilidade. No primeiro cenário, a IA, como uma tecnologia de propósito geral, contribuiria para aumentar o conhecimento, a produtividade e a competitividade, impulsionando avanços importantes na economia, na ciência e na medicina. No segundo, o domínio da tecnologia por poucos grupos levaria a uma excessiva concentração de poder e riqueza, enquanto grande parte da população ficaria sem acesso às inovações — um caminho que poderia resultar em desagregação do tecido social, desemprego e instabilidade. Esses não são destinos inevitáveis. O futuro tecnológico vai depender das escolhas feitas por governos e sociedade.